Nos dias 11 e 12 de junho de 2019 será realizado o 51 º Encontro Ruralista, com o tema: “Maior Responsabilidade. Repensar o Agro”. O encontro, que acontece duas vezes ao ano, ocorre paralelo à Assembleia Geral Ordinária do Conselho de Representantes da Faepa, cuja pauta foi publicada no Diário Oficial do Estado do Pará.
A agenda do encontro contemplará discussões sobre a defesa da legalidade, da iniciativa privada e do direito de propriedade, a preservação da segurança jurídica, o combate à criminalidade no campo, a racionalização do sistema tributário, o reforço da infra estrutura logística para escoamento da produção, a expansão dos mercados internacionais e a compreensão de que o produtor rural é o protagonista da gestão rural e do futuro do campo.Também serão apresentadas informações necessárias aos gestores sindicais a respeito da legislação trabalhista, contribuição sindical, além de ações no Estado, em parcerias com os Sindicatos e os Núcleos, que possam fortalecer o agronegócio.
Para o presidente da Faepa e idealizador do evento, Carlos Xavier, o encontro “traduz a necessidade de rever posicionamentos, procedimentos, organização e ter uma postura cada vez mais proativa para assumir novos compromissos e responsabilidades frente a expansão e o crescimento de setor produtivo rural, aproveitando a janela de oportunidades que a atual conjuntura política oferece”.
No primeiro dia, o encontro é restrito aos gestores sindicais, pois a programação irá abordar assuntos institucionais, como estrutura sindical, tecnologias do agro, sindicato forte, num formato que envolve desde palestras motivacionais até dinâmicas de grupo.
Já no segundo dia, a programação terá um cunho informativo e propositivo, compreendendo a apresentação e discussão do novo marco legal referente à regularização fundiária de ocupações rurais e não rurais em terras públicas do Estado do Pará; abordagem e orientações sobre questões ambientais, a exemplo do embargo e desembargo de propriedades rurais; revisão de TACs e propostas para simplificação e desburocratização do licenciamento ambiental. Serão também apresentadas algumas ferramentas tecnológicas para o relacionamento com os Sindicatos e parcerias estabelecidas com órgãos do Governo do Estado e política de comunicação para o Agro. Estão previstas ainda, assinatura de convênios.
O Encontro Ruralista, promovido pelo Sistema Faepa/Senar/ Sindicatos com apoio da CNA, é um dos maiores eventos de líderes sindicais do Brasil e reunirá delegados representantes de 132 Sindicatos, coordenadores de 10 Núcleos Regionais, assessores técnicos sindicais, diretores, técnicos, palestrantes, autoridades e convidados em um objetivo comum: repensar o agro com maior responsabilidade.
Agro Forte. Pará Forte
O agronegócio contribui em média 21% para a composição do PIB dos municípios, representando a base econômica de grande parte deles e fonte de ocupação para parcela substantiva da população. O campo absorve cerca de 1.500.292 milhões de pessoas, o que corresponde e 42,68% dos trabalhadores no estado do Pará.
O Pará é líder na produção nacional de açaí, abacaxi, cacau, dendê, mandioca e pimenta do reino. Também destaca-se na produção de limão, banana e coco, ocupando, respectivamente, o 2º, 3º e 4º lugar no ranking nacional.
Mais recentemente, vem ganhando espaço a produção de cítricos, com a expansão do cultivo de laranja, no polo de Capitão Poço, no nordeste do Estado, favorecida pela implantação da primeira fábrica de suco de laranja do Pará, considerada a maior do Norte e Nordeste do País. Outro produto que também vem ganhando destaque é o limão, cultivado, principalmente, no município de Monte Alegre, no oeste paraense. As expectativas de crescimento da fruticultura paraense são bastante promissoras, tanto no segmento de frutas exóticas como no de frutas regionais, tendo em vista o aumento do consumo desses produtos, alguns deles com crescimento considerável de demanda, nos mercados nacional e internacional, como é o caso do cacau e açaí.
Na pecuária, o Pará ocupa o 4º lugar no ranking nacional, com um rebanho de aproximadamente 22 milhões de cabeças (IBGE, 2017), incluindo o rebanho bubalino (cerca de 513 mil cabeças), o maior do País, concentrado principalmente no arquipélago Marajoara.
O rebanho paraense se distingue pelo seu elevado padrão genético, assim como pela qualidade da carne que produz. Em se tratando de padrão sanitário, o Pará goza do status de Certificação Internacional de Área Livre de Aftosa com vacinação. O Pará destaca-se ainda na exportação de boi vivo, sendo o maior exportador do país, apresentando, também, grande potencial na produção de carne, couro, leite e seus respectivos derivados.
A soja foi, em 2018, o principal produto da pauta de exportação brasileira, atingindo o volume recorde de 1,4 milhão de toneladas, equivalente a, aproximadamente, US$568 milhões. No Pará, o complexo da soja já constitui o principal item da pauta de exportação do agronegócio, representando cerca de 25% do valor exportado pelo setor. Com efeito, a soja, no Pará, vem apresentando ritmo significativo de crescimento, expandindo sua área cultivada, no período de 2010/2017, de 85,4 mil para 500,4 mil hectares, equivalente a 30% do total da área de lavouras, sendo a de maior representatividade dentre as culturas. A produção paraense de soja compreende três grandes polos: o do Nordeste paraense, de maior expressão, liderado pelo município de Paragominas; o do sul do Pará, tendo como principal município produtor, Santana do Araguaia; e o do oeste, capitaneado por Santarém. Vale ressaltar, que a expansão da soja, no Estado, vem sendo efetuada em campos naturais e áreas já alteradas (áreas de pastagem). Isso significa, que não está utilizando área de floresta nativa, evitando-se, assim, o desmatamento.
O Pará destaca-se ainda na Avicultura, Apicultura, Florestas Plantadas e produção de Grãos.