Fonte de vitamina C, rico em antioxidantes, dentre outros benefícios, as frutas cítricas não somente têm destaque no mercado paraense, mas também deixa os produtores rurais do Estado entre os principais exportadores do comércio Europeu. O Polo da Citricultura Paraense encontra-se no município de Capitão Poço, distante 200 quilômetros de Belém, sendo a principal fonte de renda do município, e tem condições climáticas favoráveis para o cultivo. Nacionalmente, os citricultores são homenageados no dia 8 de junho.
No Pará, integram ainda o Polo de Citricultura os municípios de Garrafão do Norte, Irituia, Nova Esperança do Piriá e Ourém. Os cinco municípios também produzem laranja, limão e tangerina. A expansão da produção de frutas cítricas com o apoio ao produtor rural é um dos principais compromissos, da Chapa Novo Pará, Novo Brasil, pois vê que o setor tem grande potencial para o desenvolvimento do Estado.
Segundo o citricultor Arcídio Ornela Filho, a previsão é que em dez a quinze anos “o município de Capitão Poço será o grande Polo de Citricultura e, com os devidos investimentos aos produtores rurais da região, em 20 anos, o maior polo de frutas cítricas do mundo”, analisou.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier já existe no setor diversos incentivos aos produtores rurais de citrus, no que se refere a cursos, estudos e o contato com as entidades pertinentes, a fim de facilitar o acesso ao crédito e incentivos fiscais.
“Lutamos em busca de investimentos e conseguimos ter grandes êxitos, tanto que em 2017 houve a liberação de 16,6 milhões de reais para a instalação da primeira fábrica de suco de laranja e de limão do Pará”, lembrou Carlos Xavier.
Segundo o empresário e dono da empresa Citropar Zampa, Júnior Zamperlini, os investimentos foram de extrema importância para a execução do projeto. “Essa iniciativa de expandir a produção de sucos de laranja e de limão começou a mais de vinte anos, mas hoje já concentra grande parte do estoque e comercialização da laranja, assim como de limão e tangerina.”, analisou.
Destaque – Segundo os citricultores da região, 90% de toda área plantada está no município de Capitão Poço, o que equivale a 16 mil hectares de citrus, sendo que 80% é de laranja e o restante limão e tangerina. A estimativa é que existam cerca de 4 mil produtores trabalhando com a plantação de frutas cítricas em Capitão Poço e demais localidades. Hoje é a principal fonte de renda do município.
Comércio – Além de abastecer o Estado do Pará, as frutas cítricas também atendem as indústrias de Sergipe, São Paulo, Maranhão, Piaui, Ceará, Amazonas e Amapá tanto na na safra quanto entre safra.
O Estado do Pará também exporta para o mercado Europa. O produto chega ao porto de Rotterdam e de lá é distribuído para vários países da Europa.
Clima – O Pará tem as melhores condições edafoclimáticas do Brasil e segundo os produtores rurais paraenses não há nenhum outro Estado que possua condições tão favoráveis. No que se refere as geadas, nem temperaturas baixas ou altas demais, tempestades e furacões. Solo, clima e as quantidade de chuvas são favoráveis ao cultivo de citrus.
História – O plantio da laranja no município de Capitão Poço teve início há mais de 40 anos. O primeiro plantio foi feito por Antônio Soares. Ele trouxe a muda de Sergipe e a princípio eram plantadas nos quintais de casas do município de Capitão Poço.
Já em 1988, o senhor Arcídio Ornela mudou-se para Capitão Poço, e como já era de uma família de Citricultores em São Paulo resolveu expandir o negócio no Estado do Pará. Assim passaram investir em viveiros de mudas em escala comercial.
Quando eles começaram a vender a laranja paraense para outros estados, divulgar o trabalho a fim de fazer novos mercados foi o momento em que começou uma nova fase na Citricultura do Estado.