Foi inaugurada na noite de sexta-feira, 12, em Castanhal, a Escola Indústria Senar de Chocolate, na região Guajarina, durante a programação da “52ª EXPOFAC – Exposição Feira Agropecuária de Castanhal”, no Parque de Exposições Padre Coelho Mota. Essa foi a quarta Escola Indústria em funcionamento no Estado, a primeira foi entregue para o município de Altamira, em 2019; a segunda, em 2020, em Igarapé-Miri; e em 2021, em Medicilândia.
A Escola-Indústria do Chocolate é uma parceria do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) com a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau). O titular da Sedap, Giovanni Queiroz, participou da programação, representando o governador Helder Barbalho.
Verticalização – A qualificação do produtor de cacau, com reflexos diretos na verticalização do produto, principalmente com o chocolate artesanal, é a finalidade da Escola, ressaltou o gestor da Sedap, ao destacar a importância da unidade, sobretudo para quem vive da produção do cacau e chocolate. “É um prazer estar em Castanhal participando desse momento importante. O governo do Estado tem investido bastante na melhoria da qualificação do cacau, e essa Escola-Indústria vai permitir a verticalização do chocolate no Estado do Pará”, disse o secretário.
O presidente da Faepa, Carlos Xavier, falou na solenidade que o Pará se destaca no Brasil por ser o maior produtor de cacau, por isso uma unidade de capacitação do produtor é de suma importância. “Além dessa que estamos inaugurando, temos outras unidades fixas e uma móvel. Nós levamos conhecimento para a formação de empresários que queiram instalar uma indústria de chocolate. É muito importante a instalação de uma escola dessas em Castanhal”, reiterou.
Romildo Oliveira, um dos alunos que já fez um curso de qualificação ministrado pelo Senar em Castanhal, e hoje trabalha também com a produção de mel, disse que está satisfeito com o aprendizado, pois dificilmente a comunidade onde mora teria acesso a esse curso. “Para mim foi ótimo, porque a gente nas comunidades não estava tendo essa oportunidade, e agora nós estamos com um curso concluído, já recebendo o certificado. Vamos para a produção com o que aprendemos”, frisou o produtor, que recebeu orientações sobre como potencializar a produção, não só de amêndoa de cacau como de mel.
A proposta da Escola é promover palestras técnicas sobre o manejo do cacau até a produção do chocolate com aulas práticas, em que os participantes terão a oportunidade de compartilhar técnicas e vivenciar o contato com o maquinário para o aprendizado do processo de produção de chocolate.
Avanços do Senar – O superintendente do Senar, Walter Cardoso, conta que a instituição continua avançando em suas atividades, cumprindo suas metas e fidelizando o seu compromisso com o produtor rural. “Além da Escola Indústria de Chocolate que estamos inaugurando, nós já estamos com três polos da Faculdade CNA implantados no estado do Pará, o que nos dá visibilidade e possibilita ao produtor rural a formação superior”, conta orgulhoso.
Walter comentou também das formações técnicas do Senar, através do Curso Técnico em Agronegócio presente em 10 polos no estado Pará, nos municípios de Almeirim, Capanema, Marabá, Moju, Paragominas, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Santarém, Ulianópolis e Xinguara. E ainda, do Curso Técnico em Fruticultura, em 5 novos polos, nos municípios de Capitão Poço, Curuçá, Salvaterra, São Caetano de Odivelas e Tomé-Açu.
Uma das expectativas para 2022 é o Curso Técnico em Zootecnia. “Isso são avanços fantásticos que o Senar demonstra em sua caminhada pelo saber”, celebra o superintendente.
Walter destaca ainda as ações inovadoras de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) que segue em expansão por todo estado do Pará. “Esse programa veio para ficar e hoje estamos assistindo mais de três mil propriedades e almejamos dobrar essa meta em 2022. É o agro ajudando a desenvolver o Pará”, finaliza.