Famoso por proporcionar sensação de prazer e bem-estar, o cacau tem destaque no dia 26 de março. Trata-se de uma fonte de flavonoides e de substâncias antioxidantes. Esse fruto pode solucionar diversos problemas de saúde, mas é importante ter em mente os benefícios da fruta natural e não exatamente do chocolate, que ganha demais ingredientes.
Além disso, o cacau pode oferecer inúmeras vantagens à saúde. É capaz de atuar na prevenção de anemias, em razão do seu alto quantitativo de ferro. É o responsável pelo combate a doenças neurológicas, bem como sistema nervoso que se descontrola fácil. Entre os principais e mais conhecidos benefícios do cacau, podem ser citados: melhora de humor, combate à ansiedade e depressão; prevenção de tromboses; combate ao colesterol alto; previne aterosclerose; previne o acúmulo de colesterol nos vasos de sangue; previne anemias; reduz o risco de diabetes; previne problemas como derrame e demência; melhora a memória; promove a redução da pressão, em razão de melhor qualidade dos vasos de sangue; auxilia a regular a saúde intestinal; auxilia no controle de inflamações.
Produção em alta
O estado do Pará é o maior produtor de cacau do país. A previsão da Ceplac para 2020 é de área cultivada de 149.918 hectares e produção de 145 mil toneladas de amêndoas. Em 2019, a área cultivada foi de 146.918 hectares e a produção de 133.489 mil toneladas de amêndoas, o que representa 52% da produção nacional.
Medicilândia, Uruará, Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Novo Repartimento, Vale do Xingu, Tucumã, Tomé-Açu são os 10 municípios que mais produzem cacau no estado do Pará, segundo dados da Ceplac.
Geração de empregos
A cadeia produtiva do cacau gera atualmente 60.980 empregos diretos e 243.920 indiretos.
Incentivos
Hoje o estado possui sete plantas industriais e a primeira Escola-Indústria Senar “Chocolate da Amêndoa à Barra” do Brasil.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará (Funcacau), inauguraram no dia 9 de setembro de 2019, no município de Altamira, sudoeste do Pará, a primeira Escola – Indústria Senar.
O projeto inovador, e o primeiro do Senar em nível nacional, tem como objetivo fomentar e alavancar a verticalização da cadeia produtiva de cacau, ampliando seus benefícios socioeconômicos através da geração de conhecimento, agregando valor ao cultivo do fruto e incentivando o produtor rural a investir na produção de chocolate.
A iniciativa do projeto Escola-Indústria contempla ainda a implantação de uma unidade móvel para a produção de chocolate e, posteriormente, a inauguração de mais quatro escolas nos municípios de Igarapé-Miri, Medicilândia, Castanhal e Cametá.
Dentro dessa proposta, na Escola-Indústria são promovidas palestras técnicas sobre o manejo do cacau ao chocolate, quando os participantes tem a oportunidade de compartilhar de aulas práticas e vivenciar o contato com maquinário para o aprendizado da produção de chocolate.
“Somos o maior produtor de cacau do mundo, produzindo cinco vezes mais que a Bahia, o segundo maior produtor. Entretanto, exportamos 99% da nossa amêndoa, por isso desenvolvemos este revolucionário projeto, para que também sejamos responsáveis pelo beneficiamento e, com isso, consigamos movimentar ainda mais essa cadeia produtiva e contribuir para o desenvolvimento do nosso Pará, através da criação de novos empregos e renda para a população”, comenta o presidente da Faepa, Carlos Xavier.
Investimentos
No início de 2020 foi assinado entre Faepa, Senar, Sedap e Associação dos Produtores de Cacau e Chocolate do Estado do Pará (Ascau) um convênio para o funcionamento de uma fábrica de chocolate que atenderá os municípios de Tomé-Açu e de Castanhal.
O superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Walter Cardoso, acredita no projeto da escola indústria que pretende reverter à exportação do cacau como matéria-prima. “Esse projeto através da transferência de tecnologia e assistência técnica que o Senar vem desenvolvendo vai contribuir com a verticalização da produção de cacau”, afirmou Walter.
Na ocasião, o presidente da Faepa, Carlos Xavier, destacou que “a terra tem que cumprir a função social de produzir renda” e entregou um documento contendo propostas ao representante do Governo do Estado, o titular da Sedap, Hugo Suenaga, com vários temas a serem discutidos com o Governo a fim de fomentar as ações de desenvolvimento da cacauicultura no Estado.
O titular da Sedap, Hugo Suenaga, representou o governo nessa reunião e reforçou o compromisso de atuação no setor produtivo principalmente na cacauicultura com o alinhamento dos setores para que possa ter bons frutos no futuro. “O apoio do governo do estado junto da iniciativa privada e terceiro setor, representado pela Faepa, gera uma eficiência muito grande para mostrar que temos condições de verticalizar a nossa amêndoa”, reiterou Suenaga.