Dia 14 de outubro comemora-se o Dia Nacional da Pecuária e, felizmente, o Brasil e o Pará tem o que celebrar. A pecuária brasileira cresceu muito nos últimos tempos, dobrou de tamanho, passando de 102,5 milhões de cabeças para 215 milhões nos últimos anos. Estes números comprovam que a atividade está cada vez mais eficiente.
Atualmente, o Pará tem o quarto maior rebanho bovino brasileiro, com 21,5 milhões de cabeças e o primeiro bubalino com 542 mil animais, segundo dados da última campanha de vacinação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).
O rebanho paraense se distingue tanto pelo seu elevado padrão genético, como pela qualidade da carne que produz. Em se tratando de padrão sanitário, o Pará goza do status de Certificação Internacional de Área Livre de Aftosa com vacinação. O Pará destaca-se ainda na exportação de boi vivo, sendo o maior exportador do país, apresentando, também, grande potencial na produção de carne, couro, leite e seus respectivos derivados.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, ser pecuarista no Brasil é um desafio e um orgulho. “O produtor é demandado o tempo todo: precisa produzir carne e leite de qualidade, cuidar do bem-estar e sanidade dos animais e ainda garantir a rentabilidade da fazenda. Por isso, parabenizamos o pecuarista por estar cada vez mais ativo e envolvido na sua atividade, contribuindo para movimentar a economia regional e elevar o potencial do setor produtivo no estado do Pará e no Brasil”, destaca.
Segundo o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o zootecnista Guilherme Minssen, as dificuldades do setor pecuário estão relacionadas as questões fundiárias pendentes, insumos mais caros, logística muito difícil e a falta de segurança jurídica no campo. Contudo prospecta que “a pecuária paraense será a melhor do país dentro de 50 anos, pela sua localização geográfica, condições climáticas, área disponível para o agronegócio e potencial hídrico”, avalia.
Top 10 – O município com o maior rebanho bovino do país continua sendo São Félix do Xingu (PA), com um total de quase 2,5 milhões de cabeças, aponta relatório de 2018, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC). O destaque nacional fica para o estado do Pará que conta com mais três cidades no TOP 10 do Brasil: Marabá, Novo Repartimento e Cumaru do Norte.
Pecuária lucrativa – Segundo o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), encomendado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a pecuária desenvolvida no Pará e vizinhos amazônicos é mais rentável que a de São Paulo, girando em torno de 9% a 14% frente aos 3% a 5% de São Paulo. De acordo com De Zen, os pesquisadores querem verificar o quanto será preciso investir para que a Floresta Amazônica seja preservada ao invés de derrubada para a atividade pecuária. Nos últimos dez anos, o crescimento do rebanho local foi de 66%, atingindo 12 milhões de cabeças. A alta lucratividade da pecuária na Amazônia é explicada pelo regime de chuvas da região, ou seja, não há necessidade de complementação alimentar para o gado. Com pastagem abundante, o pecuarista coloca mais animais por hectare e consegue maior produtividade: 18 arrobas em 2,5 anos para uma média de 16,5 arrobas em três anos no Sudeste.