Nos dias 3 e 4 de dezembro de 2019 será realizado o 52 º Encontro Ruralista, com o tema: “Agronegócio Sempre. Produzindo vida, conhecimento e inovação”. O encontro, que acontece duas vezes ao ano, ocorre paralelo à Assembleia Geral Ordinária do Conselho de Representantes da Faepa, cuja pauta foi publicada no Diário Oficial do Estado do Pará.
A agenda do Encontro contemplará apresentações sobre Perspectivas do clima para a safra 2019/2020 e a Amazônia no clima global; Agro Up – Rede de Inovação para o Agro; Gestão Sindical; Comunicação para o Agro; Defesa Agropecuária como fator de competitividade; Política econômica para o Agro; Representatividade no Agro; O Agro e o Parlamento; Desregulamentação e Adequação Ambiental de Propriedades Rurais no Estado Do Pará; Logística de Transporte; Avanços para regularização fundiária; reunião da Comissão Nacional de Desenvolvimento da Região Norte e Perspectivas para o Agro Brasileiro e a Inserção Do Pará: Oportunidades e Desafios.
O Encontro Ruralista, promovido pelo Sistema Faepa/Senar/ Sindicatos com apoio da CNA, é um dos maiores eventos de líderes sindicais do Brasil e reunirá delegados representantes de 132 Sindicatos, coordenadores de 10 Núcleos Regionais, assessores técnicos sindicais, diretores, técnicos, palestrantes, autoridades e convidados em um objetivo comum: debater o cenário do agronegócio e sua importância para o Pará, o Brasil e o mundo.
Agro Forte. Pará Forte
O setor agropecuário contribui com cerca de 13,8% para o PIB do Pará, constituindo-se em base econômica de grande parte dos municípios paraenses, inclusive, sendo a principal atividade em 91 dos 144 municípios existentes. Nesse contexto, o agronegócio sobressai como fonte de ocupação para parcela substantiva da população, absorvendo, em 2015, cerca de 1.500.292 milhões de pessoas, o que corresponde e 42,68% dos trabalhadores no estado do Pará.
O Pará é líder na produção nacional de açaí, abacaxi, cacau, dendê, mandioca e pimenta do reino. Também destaca-se na produção de limão, banana e coco, ocupando, respectivamente, o 2º, 3º e 4º lugar no ranking nacional.
Mais recentemente, vem ganhando espaço a produção de cítricos, com a expansão do cultivo de laranja, no polo de Capitão Poço, no nordeste do Estado, favorecida pela implantação da primeira fábrica de suco de laranja do Pará, considerada a maior do Norte e Nordeste do País. Outro produto que também vem ganhando destaque é o limão, cultivado, principalmente, no município de Monte Alegre, no oeste paraense. As expectativas de crescimento da fruticultura paraense são bastante promissoras, tanto no segmento de frutas exóticas como no de frutas regionais, tendo em vista o aumento do consumo desses produtos, alguns deles com crescimento considerável de demanda, nos mercados nacional e internacional, como é o caso do cacau e açaí.
Na pecuária, o Pará ocupa o 4º lugar no ranking nacional, com um rebanho de aproximadamente 22 milhões de cabeças (IBGE, 2017), incluindo o rebanho bubalino (cerca de 513 mil cabeças), o maior do País, concentrado principalmente no arquipélago Marajoara.
O rebanho paraense se distingue pelo seu elevado padrão genético, assim como pela qualidade da carne que produz.. O Pará destaca-se ainda na exportação de boi vivo, sendo o maior exportador do país, apresentando, também, grande potencial na produção de carne, couro, leite e seus respectivos derivados.
A soja foi, em 2018, o principal produto da pauta de exportação brasileira, atingindo o volume recorde de 1,4 milhão de toneladas, equivalente a, aproximadamente, US$568 milhões. No Pará, o complexo da soja já constitui o principal item da pauta de exportação do agronegócio, representando cerca de 31,45% do valor exportado. Com efeito, a soja, no Pará, vem apresentando ritmo significativo de crescimento, expandindo sua área cultivada, no período de 2010/2018, de 85,4 mil para 557,5 mil hectares, equivalente a 33,4% do total da área de lavouras, sendo a de maior representatividade dentre as culturas. Já a quantidade produzida expandiu-se de 243,6 mil toneladas para 1,6 milhão de toneladas. A produção paraense de soja compreende três grandes polos: o do Nordeste paraense, de maior expressão, liderado pelo município de Paragominas; o do sudeste paraense, tendo como principal município produtor, Santana do Araguaia, e o do oeste, comandado pelo município de Santarém.
O Pará destaca-se ainda na Avicultura, Apicultura e Florestas Plantadas.