Linhas de financiamentos, prazos, carências, itens de garantias, taxas de juros de operação e de instalação, pautaram a rodada de negócios, entre o gerente do departamento de Originação Norte-Centro-Oeste, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ian Guerriero, e representantes do setor produtivo.
A iniciativa do encontro para fomentar os negócios no território paraense foi parceria das federações da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e da Indústrias do Pará (Fiepa), em evento ocorrido em 23 de janeiro, no auditório da Faepa.
Ian Guerriero, do Departamento de Originação do BNDES, apresentou as linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco, como crédito rotativo, capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, projetos de investimentos e crédito para exportação, e falou sobre o fluxo de cada uma das etapas de Habilitação, Contratação e Desembolso dos recursos para projetos empresariais. “A meta do banco é fazer a análise do projeto em quatro meses, mas esse tempo poder ser maior dependendo de uma série de fatores, a exemplo da apresentação das documentações exigidas e negociações para itens de garantias para a tomada de empréstimo”, disse o gerente.
Perguntas sobre as taxas de juros e análises de risco foram recorrentes entre o público presente. O gerente do BNDES destacou que tudo é gratuito durante as fases de Habilitação e Contratação, que exclusivamente eletrônica via site do Banco na internet (https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home). As taxas de operação e as taxas de juros só começam a ser cobradas do empresário/industrial a partir da fase do Desembolso.
A expectativa é que o BNDES amplie os financiamentos de projetos no estado do Pará e, por meio da injeção de recursos, movimento a economia local, com criação de emprego e renda.
Desde 1º de janeiro de 2018, por determinação do Congresso Nacional, o BNDES trabalha com a Taxa de Longo Prazo, a TLP. Antes disso, o Banco trabalhava com outra taxa chamada TJLP. “A TLP tem uma fórmula relativamente complexa de determinação, todos os meses ela muda. E todos os meses nós pulicamos em nosso site qual é o resultado dessa taxa”, disse Guerreiro.
Para o presidente da Faepa, Carlos Xavier, o maior insumo para agropecuária e para a indústria é o recurso financeiro. “É é da maior importância que o BNDES possa vir particularmente para um estado, que apesar das grandes potencialidades, tem um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Brasil’’, comentou. “Você não faz a transformação da sociedade senão pela produção”, alertou Xavier.