Belém, Pará (27/11/2018) – O segundo dia da 4ª edição do Programa de Intercâmbio AgroBrazil aconteceu nos municípios de Tailândia e Tomé Açú, no Pará. A convite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representantes de oito países conheceram fazendas produtoras de óleo de palma e de frutas.
A primeira visita foi na Agropalma, há 200 quilômetros da capital do Pará. A empresa produz óleos convencionais e orgânicos de palma em cerca de 40 mil hectares e emprega diretamente 4 mil pessoas.
“A Agropalma tem 35 anos de investimento no estado. Aqui nós trabalhamos com o ciclo completo do produto, desde a compra de sementes pré-germinadas, até a extração do óleo de dendê”, disse o diretor industrial, Omero Sousa.
Segundo ele, a palma é uma árvore bastante versátil e rentável, pois produz 16 cachos do fruto por ano. “O óleo extraído da polpa do fruto, mais conhecido como azeite de dendê, está presente em produtos alimentícios e cosméticos”.
Atualmente, a Agropalma tem cerca de 250 parcerias com produtores familiares e empresariais. Um exemplo de produtor integrado é o gaúcho José Raupp, que deixou a pecuária para cultivar a palma.
“Percebi que o gado rendia menos de 25% em relação à palma. Então em 2004 me cadastrei na Agropalma e comecei a preparar a área para plantio. Hoje tenho 130 hectares e retiro 30 toneladas por hectare do fruto”.
O grupo formado por adidos agrícolas e representantes da Hungria, Tailândia, Malásia, Vietnã, China, Estados Unidos, França e Myanmar, visitaram também o museu de fitossanidade da Agropalma, onde são feitos os estudos para controle e monitoramento de pragas que atingem a cultura.
A parada seguinte foi na sede da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), que desde 1931 constitui um exemplo de atuação comunitária e sistema de cooperativismo. Pioneira na produção e exportação de pimenta do reino no Brasil, a CAMTA foi fundada por imigrantes japoneses.
“Nossa cooperativa já tem 70 anos de história. Hoje são 175 cooperados que produzem frutas tropicais como açaí, cupuaçu, cacau, maracujá e pitaia, além de pimenta do reino. Na empresa, nós processamos os produtos e os transformamos em geleias, polpas e amêndoas”, disse o presidente Alberto Ke iti Oppata.
Para ele, é um orgulho dizer que “a cooperativa trabalha com Sistemas Agroflorestais (SAFs) e consórcios de culturas. O nosso maior objetivo é proporcionar rentabilidade aos produtores e ao município”.
Os produtores rurais Armando e Kozaburo Mineshita são exemplos de cooperados que fazem plantios consorciados. “Plantamos pimenta e banana no meio do plantio de cacau. Como sombreamento, cultivamos cupuaçu, açaí, mangostin, rambutan e pupunha”, disse Armando.
Para a terceira secretária na Embaixada do Vietnã no Brasil, Hoang Thi Yen, o AgroBrazil é uma oportunidade para conhecer a agricultura brasileira. “Aqui tem muita fruta sendo produzida, o açaí, por exemplo, não tem no meu país. Então foi interessante conhecer como ele é feito e saber que até as sementes de algumas frutas, como o maracujá podem ser utilizadas também na indústria cosmética”.
Roteiro – A viagem continua até quinta-feira. Na quarta o grupo vai conhecer a criação de búfalos e a produção de queijos na Ilha de Marajó. Na quinta, o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá).
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