Produtores rurais da região de Paragominas, no Pará, participaram na quinta (18) do levantamento de custos de produção da bovinocultura de corte, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea) dentro do Projeto Campo Futuro.
De acordo com o analista Giovanni Penazzi, do Cepea, a propriedade modal da região trabalha com sistema de cria.
“A produção de bezerro tem crescido muito devido à alta demanda por animais de genética superior. Os produtores realizam um ciclo de inseminação artificial em tempo fixo com sêmen angus, sendo o repasse com touros nelore”.
Giovanni explicou que em longo prazo, isso pode indicar que as melhores matrizes do rebanho, as que voltam a ciclar mais rápido após a estação de monta, não estão tendo sua genética perpetuada no rebanho.
Durante o levantamento, foi constatado que os pecuaristas da região possuem bons índices reprodutivos, porém subutilizam a área. “Eles mantêm os animais na pastagem o ano todo, mas a taxa de lotação é relativamente baixa, em torno de 0,8 unidade animal por hectare. Isso acaba fazendo com que a propriedade tenha baixa produção de arrobas por hectare”.
O analista do Cepea destacou que o desempenho individual dos animais na propriedade é satisfatório, portanto o gargalo a ser explorado pelo produtor é conseguir maximizar a capacidade de produção em escala.