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A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), juntamente com seus 136 Sindicatos filiados e as 10 Diretorias Regionais, vem a público reafirmar sua posição em defesa do derrocamento do Pedral do Lourenço, neste ato manifestada em apoio integral à posição externada pelo governador Helder Barbalho em recente publicação, contrária à criação de nova área de proteção ambiental no perímetro da obra, no Rio Tocantins.
Esta Nota Oficial dá continuidade ao posicionamento já registrado pelo Fórum das Entidades Empresariais do Pará durante o 63º Encontro Ruralista realizado na sede da FAEPA, quando a entidade, ao lado de suas bases representativas, ressaltou a urgência da execução dessa obra estruturante para o futuro do Pará. Na ocasião, foi destacada a necessidade de reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CDE) como instância técnica e política apta a debater projetos estruturantes de interesse regional, e temáticas que envolvem: escoamento da produção através de portos a mar aberto, eclusas de Tucuruí, Porto Tijoca-Espadarte, Ferrovias Norte-Sul, Barcarena – Morada Nova e Ferrogrão, entre outros.
O Pará tem sido protagonista no esforço nacional e internacional de redução do desmatamento e de promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável, pautado no equilíbrio entre produção, preservação e inclusão social. Nesse sentido, após mais de cinco décadas de estudos técnicos e debates públicos sobre a navegabilidade da região — somados aos últimos cinco anos de rigoroso processo de licenciamento ambiental, no qual todas as exigências e recomendações foram integralmente atendidas — não há justificativa para a imposição de nova reserva legal. Tal medida, na prática, inviabilizaria um projeto estratégico para a logística, a economia e a integração regional.
Como destacou esta presidência por ocasião do referido Encontro Ruralista, “o mundo inteiro aproveita intensamente suas hidrovias como eixo estratégico de desenvolvimento, enquanto o Pará desperdiça a energia potencial que a natureza gratuitamente lhe concedeu”.
A derrocagem do Pedral do Lourenço representa, portanto, não apenas uma solução para gargalos históricos da infraestrutura amazônica, mas também uma oportunidade concreta de desenvolvimento econômico sustentável, com redução de custos logísticos, atração de investimentos e ampliação da competitividade do setor produtivo paraense.
A FAEPA reafirma, assim, seu compromisso de continuar colaborando com o Governo do Estado e com a sociedade civil organizada para que o Pará avance no caminho do desenvolvimento sustentável, sem abrir mão de projetos estruturantes essenciais ao futuro da região.
Belém, 18 de agosto de 2025.