O Pará possui o segundo maior rebanho bovino do Brasil, formado por mais de 26 milhões de animais, e celebra, neste ano, o status: Livre de Aftosa Sem Vacinação, conforme portaria do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) nº 665, de 21 de março de 2024. A próxima etapa agora é a certificação via OMSA (Organização Mundial da Saúde Animal).
Obtivemos o reconhecimento nacional e aguardamos agora o internacional, que com a suspensão definitiva da vacinação possibilitará a abertura de novos mercados, agregando valor e visibilidade internacional para os produtores do Pará, comemora o presidente da FAEPA, Carlos Xavier. “A conquista considerada exitosa é possível graças ao envolvimento do setor produtivo que abraçou junto à Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado (FUNDEPEC) e a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), o desafio de erradicar a doença. Falamos em termos de sanidade animal, assim como de valor agregado ao nosso rebanho e ainda de economia para os produtores em cifras de milhões, de deixaram de ter custos com as vacinas. Ou seja, todos ganham quando tomamos as medidas corretas para termos animais no campo com saúde e bem estar”, ressalta o presidente Xavier.
OLHO
PORTARIA MAPA Nº 665, DE 21 DE MARÇO DE 2024
Reconhece nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal; disciplina o armazenamento, a comercialização e o uso da vacina contra a febre aftosa e disciplina o trânsito de animais vacinados contra a febre aftosa.
“Para a apresentação do pleito junto à OMSA, ainda é importante continuarmos o protocolo soroepidemiológico. Os produtores deverão manter os animais selecionados isolados dos demais até que o resultado dos exames laboratoriais seja liberado, dessa forma, não poderão ser comercializados e nem transitados. Isso é fundamental para o êxito da sorologia. Após essa etapa, todos os animais deverão passar pela vacinação, com exceção do rebanho do Marajó e dos animais que estão participando diretamente do estudo”, explica a médica veterinária e diretora do FUNDEPEC, Rosirayna Remor.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) organiza a última vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos, que está sendo antecipada e irá acontecer no período de 1° a 30 de abril. Diferente das campanhas anteriores, não haverá prorrogação desta etapa. “Após o trabalho intenso da defesa animal, em parceria com os produtores do estado, chegamos a mais um estágio para que possamos avançar e alcançar o novo status sanitário de zona livre da doença sem vacinação. Este grande avanço trará benefícios importantes à cadeia pecuária paraense, que possibilitará o aumento da produção, melhoria da confiança dos mercados aos produtos oriundos da agropecuária, geração de emprego e renda a nossa gente”, reconhece Jamir Macedo, Diretor Geral da ADEPARÁ
Nesses casos, considerando a erradicação da Febre Aftosa, o Pará para obtenção de novo status sanitário de Zona Livre da doença sem vacinação, precisará seguir algumas recomendações específicas que são determinadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Entre elas, foi realizada a antecipação da campanha, pois todo o processo de suspensão da vacina precisa ser iniciado em maio, visto que o Estado precisa ficar um ano sem vacinação, e por igual período, sem receber animais vacinados.
IMPORTÂNCIA DA SOROLOGIA
Após o processo de imunização dos animais, o produtor tem até o dia 15 de maio para comprovar a vacinação do rebanho, procurando uma unidade da Adepará do seu município.
Em março deste ano, foi iniciada a sorologia, um estudo que acontece em 102 propriedades rurais, distribuídas em 55 município paraenses, que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) selecionou para testar alguns animais e constatar a ausência de circulação viral para o processo de validação e alcance do novo status sanitário de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação do Estado.
Com isso, os trabalhos de defesa sanitária, que garantem a qualidade do rebanho, serão mantidos e intensificados, sempre contando com a parceira do produtor rural, que é parte importe no processo da lida diária com o rebanho em sua propriedade, identificando e notificando qualquer suspeita de doença ao Serviço Veterinário Estadual.>
Link do DOU a seguir >> https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-mapa-n-665-de-21-de-marco-de-2024-549861797