A manhã da sexta-feira, dia 22/03, teve como foco de várias instituições, o Arquipélago do Marajó, durante Café Programa de Recuperação Econômica do Marajó e Ações do Centro de Excelência, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), na sede da instituição.
“O plano para o Marajó visa transformar o cenário econômico do arquipélago, gerando empregos e aumentando a produção de alimentos de qualidade, incentivando o olhar para metas tangíveis. Para abraçar de forma estruturante os desafios das cidades marajoaras, foi reforçada a mensagem sobre a importância da estruturação do Centro de Excelência do Búfalo”, afirmou o presidente da FAEPA, Carlos Xavier
Carlos Xavier apresentou metas para aumentar o potencial produtivo das principais cadeias dos 18 municípios que constituem o Marajó. Para a bubalinocultura, a projeção é aumentar o rebanho para 750 mil cabeças de búfalos, investir na verticalização e produção de laticínios, assim como no aumento para 500 mil/ha de pastagens de alta qualidade por meio do pastejamento rotacionado.
– Para a cultura do Açaí, falou da expectativa de ampliar a área para 1 milhão de hectares. Ao referir-se aos grãos, no caso do arroz irrigado, considerou o potencial edafoclimático e as vastas extensões de várzea que o Marajó possui. Com o olhar para a piscicultura e aquicultura, também visualiza a ampliação na produção do pirarucu e a agregação de valor pelo processo para torná-lo bacalhau.
– Na Mandiocultura, espera-se a ampliação da área de cultivo: 50 mil hectares, com produção: 1,25 milhões de toneladas.
– Nas várzeas marajoaras encontram-se grande número de árvores nativas de cacau, cuja exploração pode constituir fonte de renda para a população ribeirinha, inclusive com pequenos beneficiamentos que agregam valor à produção, mediante cursos disponibilizados pelo Sistema S, possibilitando o manejo – 10 mil hectares.
Neste contexto, o Chefe-Geral da Embrapa, Walkimário Lemos, destacou a importância crucial da cooperação interinstitucional, abrindo fronteiras para a pesquisa e a inovação tecnológica na região, inclusive para genética.
O café refletiu o interesse conjunto em solucionar as pautas em evidência do Marajó, bem como promoveu um diálogo franco e aberto entre os atores presentes, que se compromissaram em formar uma aliança positiva para a região.
“O que me chama a atenção é a oportunidade. Nós estamos às vésperas da realização da COP30, se tivermos como montar uma governança e juntar recursos para que possamos avançar de forma bem prática. Por que não aplicar investimentos para o búfalo, que tem um conjunto de vantagens que nós não estamos utilizando? O presidente Xavier já vem adotando uma linha dos Centros de Excelência, acho que podemos juntar esforços, aí precisaremos da EMBRAPA, EMATER e ADEPARÁ”, defendeu o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Soure, Hildegardo Nunes.
O Secretário Regional de Governo do Marajó, Jaime Barbosa, enfatizou a necessidade de investir na divulgação da importância da bubalinocultura e convocou os diversos setores a unirem esforços para representar a realidade do Marajó em Brasília. Jamir Macedo, Diretor-Geral da ADEPARÁ, endossou a necessidade de uma divulgação positiva que valorize a região marajoara.
Em outra frente, o secretário Jaime Barbosa também mencionou a exploração de petróleo, citando o exemplo de Chaves, “os royalties com essa atividade alcançarão a expressiva marca de R$ 800 milhões. Esses recursos, provenientes da exploração petrolífera, representam uma fonte significativa e destaca o potencial econômico da região”, afirmou.
Entre as autoridades presentes também estavam no Encontro também o Ulysses Nooblath (assessor jurídico – SEDAP), Augusto Peralta (SEDAP), Rubens Magno (SEBRAE), Domingas Ribeiro (SEBRAE), Vilson Schuber (Vice-presidente FAEPA), Alfonso Rio (Diretor Faepa), Guilherme Missen (Diretor FAEPA), Cláudio Ribeiro (Coordenador do Escritório de Projetos/FAEPA) Rosirayna Remor (Assessora Técnica Fundepec/FAEPA), Walter Cardoso (Superintendente – SENAR), Daniel Araújo (Coordenador do Núcleo Marajó/FAEPA), Fernando Lobato (presidente ARPP).