Com resultados significativos nos municípios em que foram implantados e a consequente necessidade de expansão do Projeto “Rota do Mel”, presidentes de Sindicatos de Produtores Rurais de diversos municípios estiveram reunidos nesta quarta-feira, 20, na sede do Sistema Faepa/Senar com o propósito de assistir a uma apresentação dos resultados do projeto referentes aos locais em que já foram efetivados, além de obter informações dos próximos municípios de implantação da iniciativa.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, qualquer atividade econômica que possa fazer a geração de emprego e renda utilizando as potencialidades que o Pará tem é bem-vinda.
“Nós da Federação, o Senar e a estrutura existente no Sistema vamos incentivar essa atividade, sobretudo porque o Pará tem tudo para ser o primeiro Estado na produção de mel no Brasil. Sendo assim, queremos aproveitar essa oportunidade e avançarmos cada vez mais buscando esse nível de parceria. Queremos chegar aos 144 municípios. Mesmo sendo um território extenso, é o nosso compromisso com o Estado”, reiterou.
Com base nos resultados apresentados por Alix Silva, que na ocasião estava representando a engenheira agrônoma e técnica de Campo do ATeG, Joyce Teixeira, até o momento, 1.320 propriedades foram atendidas e nesta fase o objetivo é chegar ao atendimento de 23 municípios.
“A maior expectativa é ver os produtores satisfeitos, com a sua produção, com o seu trabalho e gerando renda no campo. Nós pretendemos incentivá-los para que eles entendam que a apicultura não é uma atividade amadora, é uma atividade paralela a outras atividades, e que por isso é fundamental. Se esse apicultor e meliponicultor tomar isso como verdade, ele vai transformar a propriedade dele em uma empresa e a partir daí, ele precisará gerenciar essa empresa. Então, verá todos os seus custos como as entradas e as saídas e passará a ter a possibilidade de transformar a sua vida financeira”, avaliou Alix Silva.
Dentre os temas apresentados foram citadas a mobilização de pessoas que criam abelhas e as que possuem aptidão para atividade nos 23 municípios do Estado, bem como a efetivação de reuniões com prefeituras e sindicatos e posteriormente o lançamento dos projetos nos municípios.
No que se refere às ações de Formação Profissional Rural (FPR), as atividades do Projeto atenderam em Belém, 58 pessoas, das ilhas de Cotijuba, Combu, Outeiro e Mosqueiro. Ainda na Região Metropolitana, Ananindeua beneficiou 10 pessoas moradoras das comunidades da ilha de Pilatos, Quilombo e Abacatal. O total de 40 pessoas foram contempladas com os ensinamentos do projeto, em Marituba, nas comunidades JK e na ilha de Cotijuba.
Nas comunidades de Margarida Alves e no Murinim, em Benevides, participaram 34 produtores de mel. Em Santa Isabel do Pará, nas comunidades de Travessão e Maguari, 45 produtores estão aptos a produzir mel. Ao todo, 30 pessoas participaram dos treinamentos realizados no auditório da Prefeitura de Santo Antônio do Tauá. Em Colares, participaram 26 pessoas, das comunidades de Mocajatuba e Jenipauba.
Em Vigia de Nazaré, participaram 10 produtores da comunidade Barreira, e a mesma quantidade da comunidade de Tujui. A programação também chegou até o município de Terra Alta, com o beneficiamento de 36 produtores rurais. O município de Santa Bárbara está em processo de seleção dos produtores e a cada 15 dias há uma reunião de trabalho com os instrutores do Projeto Rota do Mel.
Segundo a avaliação do presidente da Confederação Brasileira de Apicultura e de Meliponicultura, José Aragão, as perspectivas para o desenvolvimento do setor no Estado do Pará são muito promissoras. “Acreditamos no potencial do Estado e insistimos que a atividade tenha incentivo, como já está tendo. Além de gerar renda e emprego, a produção de mel gera também inclusão sócio produtiva que é muito mais importante do que qualquer coisa que deva ser almejado nesse contexto”, enfatizou.
O presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Terra Alta, Marcelo dos Reis Soares, contou que os produtores da região estão muito entusiasmados com o projeto. “Eu, particularmente, por está à frente do sindicato no município, estou muito feliz em poder estar levando esse projeto para os nossos produtores rurais e poder proporcionar a eles o retorno e a assistência técnica necessária que eu percebo que eles precisam muito. A implementação desse projeto vai mudar principalmente a vida financeira desse produtor rural. Além de ser uma fonte de renda a mais para o município, sem mudar nada na atividade desenvolvida por eles no dia a dia”, destacou.