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Com o objetivo de fortalecer a Cadeia da Apicultura e Meliponicultura no Estado do Pará, o Sistema Faepa/Senar desenvolveu de 18 a 22 de agosto uma série de atividades teóricas e práticas com a finalidade de desenvolver o projeto denominado “Rota do Mel”, que, inicialmente irá atender 11 municípios, dentre eles Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel do Pará, Santo Antônio do Tauá, Terra Alta, Vigia, São Caetano de Odivelas, Colares e Santa Bárbara.

As atividades de preparação dos técnicos foram realizadas na cidade de Santa Izabel do Pará, na Comunidade do Travessão. Participaram do evento, 13 técnicos da área de Apicultura e Meliponicultura. Dentre as ações  ocorreram as  atividades de  Formação Profissional Rural (FPR ), desenvolvidas por técnicos de campo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a fim de que os profissionais da FPR estejam alinhados com os objetivos do projeto.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, prestigiou parte do evento, onde na oportunidade, falou da alta demanda do Estado do Pará pelo desenvolvimento da cadeia da Apicultura e Meliponicultura para assim desenvolver cada vez mais o agronegócio paraense.

A técnica do Campo, Joyce Teixeira, conta que “o treinamento foi planejado para proporcionar uma vivência completa aos futuros técnicos do projeto, partindo-se do resgate das metodologias participativas, até alcançar as práticas e técnicas em apicultura e meliponicultura”, explicou.

Para a pesquisadora com formação em Biologia e doutora em Ecologia pela UFPA, Jamille Costa Veiga, o treinamento foi de grande valor, pois, “a etapa de nivelamento em biologia básica das abelhas com e sem ferrão foi essencial para embasar as técnicas que serão aplicadas em campo, pois todo o manejo produtivo dentro da pecuária é fruto das aplicações do profundo conhecimento sobre a biologia dos animais, e com as abelhas não seria diferente”, destacou.

Jamille Veiga disse ainda que as metodologias de ensino empregadas no treinamento nos permitiram avaliar quase em tempo real a evolução dos técnicos, tanto na teoria, quanto na prática. O nível das perguntas e o engajamento de todos nós indicaram que a equipe – formada por técnicos, mestres e doutoras – está mais do que apta para atuar em campo e, paralelamente, seguir aprofundando seus conhecimentos sobre esse extenso universo que é a criação de abelhas.

A Engenheira Agrônoma, Yasmim Sousa, considera que “é muito importante o técnico se sentir preparado  para atuar no campo. Assim, vamos conseguir de fato prestar assistência aos produtores rurais criadores de abelhas. Sem falar que é muito importante todos os técnicos falar a mesma língua no campo, conseguindo auxiliar na tomada de decisões dos produtores e a desenvolver a criação de abelhas”, avaliou.