Novas soluções para melhorar o controle sanitário da pimenta-do-reino produzida no Estado foram discutidas nesta quinta-feira, 26, na sede do Palácio da Agricultura, com a participação de integrantes do Sistema Faepa/Senar, Superintendência Federal de Agricultura, Ministério da Agricultura e produtores rurais do setor. Em virtude da notificação de compradores da União Europeia devido a presença de salmonella, em alguns carregamentos, o encontro se deu em virtude da necessidade de viabilizar condições operacionais para as boas práticas na produção de pimenta-do-reino.
Estiveram presentes o presidente da Federação e da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Walter Cardoso, o diretor da Faepa, Guilherme Minssen, a assessora Técnica do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Pará, Rosinayra Remor, o superintendente Federal de Agricultura, Milton Cunha, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Glauco Bertoldo e o coordenador Geral de Qualidade Vegetal, Hugo Caruso.
O presidente da Faepa, Carlos Xavier, disse aos produtores rurais de pimenta-do-reino que vai garantir todo o apoio necessário no combate à salmonella para que não haja nenhuma intercorrência nas exportações para União Europeia. “Vamos definir um grupo de trabalho para tratar o tema e podem contar com o Senar, através de cursos para os produtores rurais, o que certamente vai garantir a efetivação de boas práticas e o seguimento das normas para obter condições efetivas de produção”, garantiu.
De acordo com o superintendente Federal de Agricultura, Milton Cunha, a contaminação de salmonella em algumas produções de pimenta-do-reino ocasionou um endurecimento nas regras para a exportação. “Estamos buscando e adotando uma série de providências que evitem que esse mercado venha a ser eventualmente fechado. Por isso, estamos discutindo as formas de se conseguir as boas práticas de campo, assim como também os agentes que exportam esses produtos”, explicou.
O coordenador Geral de Qualidade Vegetal, Hugo Caruso, explicou que durante a reunião foram explicados aos produtores medidas inevitáveis a serem tomadas para que não ocorra perda no mercado europeu de pimenta. “Em um primeiro momento entendemos o setor, mas como essa melhoria demorou para ocorrer haverá uma auditoria já marcada pela União Europeia. Por isso, não podemos permitir o fechamento do mercado, porque depois para abrir novamente será mais difícil”, explicou.
O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Glauco Bertoldo, explicou que a intermediação com os produtores de pimenta-do-reino já ocorre desde 2019 e que “a preocupação é tomar as medidas para que o fluxo de produtos continue normal, a fim de não afetar nenhuma família produtora do Estado do Pará”, enfatizou.