O Pará lidera na produção bubalina. É o maior criador de búfalo do Brasil, com 38,13% da produção nacional. Os dados mostram que das 1.434.141 cabeças produzidas no Brasil, 546.777 são oriundas do Pará (ganho de 5,34% em relação ao ano de 2018), sendo a região do Marajó responsável pela maior quantidade do rebanho bubalino. Na última sexta-feira, 23, durante evento virtual foi comemorado os 61 anos da Associação Brasileira de Criadores de Búfalo (ABCB). A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) foi representada pelo diretor, Guilherme Minssen.
De acordo com Minssen, o Pará também realiza os principais eventos de comercialização de bulbalinos. “O Estado também tem criadores das raças: Murrah, Mediterrâneo, Jaffarabadi e Carabao e possui a produção dos queijos mais premiados no Marajó. Nos 61 anos da ABCB nossa certeza de estarmos trabalhando com uma das melhores espécies no custo/benefício aos produtores rurais”, analisou Minssen.
Ainda representando o Pará, João Rocha participou em nome da Associação Paraense dos Criadores de Búfalos (APCB). Os números do Núcleo de Planejamento e o setor de Estatísticas da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) mostram ainda que os municípios de Chaves (32,09%), Soure (15,41%) e Cachoeira do Arari (8,15%) são os que mais se destacam no segmento.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou com uma mensagem gravada em vídeo, na qual destacou a participação da bubalinocultura no agronegócio. O também ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera, que é conselheiro administrativo da ABCB, além de presidente do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, fez uma saudação inicial a Rodrigues e Paolinelli. O evento foi aberto pelo presidente da associação, Caio Vinícius Di Helena Rossato, que agradeceu a presença dos participantes e da audiência.
Na parte final do evento, o professor italiano Luigi Zicarelli, da Universidade de Nápoles, falou sobre “O futuro dos búfalos com a mudança climática e as novas exigências do consumidor”, apresentado pelo professor Pietro Baruseli. Em contato com o Brasil há 30 anos, Zicarelli confessou que foi no país que ele aprendeu “o que é o verdadeiro bem-estar animal”. O especialista italiano destacou a genética bubalina brasileira e a melhora de sua produção leiteira.
No início dos trabalhos, um dos pioneiros da bubalinocultura em São Paulo e no Brasil e segundo presidente da ABCB, Paulo Joaquim Monteiro da Silva, de 99 anos, falou sobre a origem dos búfalos e da entidade no Brasil, por meio de vídeo. Da mesma forma, o secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Gustavo Junqueira, enviou mensagem de congratulações à ABCB.