Na contramão da crise econômica provocada pelos cuidados no combate à Pandemia, o setor do Agronegócio brasileiro registrou mesmo assim aumento nas oportunidades de vagas de emprego no setor. A agropecuária começou 2021 mantendo o bom resultado de 2020 em relação à geração de empregos, com 32.986 novas vagas criadas em janeiro, 12,7% do total de vagas criadas no país, que foi de 260.353 no mesmo mês.
Com esse resultado, a agropecuária é o setor que mais aumentou seu estoque de trabalhadores (2,05%). O aumento também é expressivo quando comparado com janeiro de 2020 (16.482), ou seja, o dobro de vagas criadas. Os resultados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que analisou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na terça (16/3) pelo Ministério da Economia, que apontou saldo positivo de 260.353 novos postos de trabalho criados no país em janeiro.
Histórico – Os números positivos apresentados pela CNA mostram ainda que no ano passado também foi o melhor resultado na geração de empregos quando comparados com os últimos 10 anos. Os números de 2020 mostram que o setor do agronegócio abriu 61.637 mil vagas de trabalho, no período de janeiro a dezembro do ano passado. Esse resultado mostra o melhor desempenho desde 2011, quando o saldo na geração de empregos formais englobando outros setores foi de 85.585 mil vagas.
A cadeia produtiva da soja liderou o ranking com 13.396 vagas. Foi o setor que mais criou postos com carteira assinada. Teve destaque também a área de produção do café, com 6.284 vagas adquiridas.
Também se destacou o setor da pecuária. A criação de bovinos resultou em 11.598 empregos e de aves com números que chegaram a quase seis mil empregos gerados (5.993). Os resultados mostram ainda que três em cada quatro vagas foram criadas no setor agropecuário estão na região Sudeste, especialmente em São Paulo, que teve crescimento de 46.475 postos de trabalho em 2020.
Pará – O Estado também é gerador de empregos na agropecuária. Quem comenta esse panorama é a Zootecnista e técnica do projeto de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, Jamilly Gomes Damasceno. Ela nos contou que 10 assistentes estão responsáveis em dar suporte a produtores rurais dos municípios de Ourilândia, Tucumã, São Félix do Xingu e Água Azul do Norte. “Apesar da pandemia e das restrições, o produtor rural não pode parar de trabalhar. No caso da ATeG, a pecuária de leite e de corte são insumos necessários para a alimentação da população”, explica Jamilly.
“Além de gerar alimento para o Estado, os produtores atendem a venda de gado e leite para outros estados do Brasil, assim como há também a exportação para outros países. Nesse período, mantivemos a assistência com base em informações sobre os cuidados financeiros, onde o produtor rural quer chegar e acompanhamos o seu desempenho de produção e de venda dos produtos. Devido ao crescimento da produção, muitos produtores tiveram que contratar mais pessoas. Mesmo com a pandemia tivemos contratações”, analisou a técnica do projeto de ATeG que também começou o trabalho na área em novembro de 2020 e atua no setor do agronegócio há cinco anos.