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O Sistema Faepa/Senar e o Governo do Estado do Pará inauguraram hoje, 3/11, no município de Igarapé-Miri, as instalações da Escola Indústria de Chocolate, dando continuidade ao projeto do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Pará (Senar-PA) desenvolvido em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e o Governo do Estado do Pará, através da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau).

A escola Indústria vai funcionar na nova sede do Sindicato de Produtores Rurais, também inaugurado hoje. A cerimônia de inauguração contou com as presenças do governador Helder Barbalho, acompanhado da deputada federal, Elcione Barbalho; do líder do governo na atual legislatura, o deputado estadual Chicão, do secretário, Hugo Suenaga, da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap); do superintendente do Senar, Walter Cardoso, do presidente da Faepa, Carlos Xavier; da presidente do Sinprim, Darlene Pantoja, além de outros representantes de instituições parceiras do agro.

Na ocasião, o governador Helder Barbalho destacou a importância de mais uma unidade de incentivo à produção local e a sua verticalização. “O que nós estamos fazendo nesta parceria é fazer com o que o estado do Pará não seja meramente o maior produtor de cacau. E sim, fazer do cacau e da amêndoa, a produção do chocolate, que possamos fazer a manteiga, a polpa e possamos garantir que todos os produtos advindos do cacau possam, aqui no nosso Estado, gerar riqueza. Com esta escola, nós estamos garantindo com que o pequeno produtor possa saber da potencialidade da sua produção, que ele possa conhecer o produto e saber como fazer”, ressaltou.

Além de fomentar a geração de emprego e renda na região, a parceria visa alavancar a verticalização da cadeia produtiva de cacau, ampliando seus benefícios socioeconômicos, através da geração de conhecimento agregando valor ao cultivo do fruto no Pará.

 

ESCOLA-INDÚSTRIA

O projeto inovador e o primeiro do Senar em nível nacional, possibilitará a verticalização da produção de cacau no estado do Pará, atualmente o maior produtor mundial da amêndoa, através da geração de conhecimento, agregando valor ao cultivo do fruto e incentivando o produtor rural a investir na produção de chocolate. A iniciativa contempla a instalação de um total de 5 escolas nos munícipios de Altamira, Igarapé-Miri, Tomé-Açu, Medicilândia e Castanhal, e ainda, a implantação de uma unidade móvel para a produção de chocolate.

CAPACITAÇÃO

Dentro dessa proposta, na Escola-Indústria serão promovidas palestras técnicas sobre o manejo do cacau ao chocolate, quando os participantes terão a oportunidade de compartilhar de aulas práticas e vivenciar o contato com maquinário para o aprendizado da produção de chocolate.

O superintendente do Senar, Walter Cardoso, conta que na escola os produtores rurais aprenderão sobre o conceito Bean to Bar, uma tendência da chocolateria que significa da amêndoa à barra. “Trata-se de um projeto inovador, sendo o primeiro do Senar em nível nacional, que tem como objetivo incentivar o produtor rural a ter acesso ao conhecimento e, com isso, também impulsionar o desenvolvimento do agronegócio no estado. É um projeto que movimenta toda uma cadeia, gerando emprego, renda e desenvolvimento para o agronegócio paraense”, frisou Walter.

MAIOR PRODUTOR DE CACAU

“Somos o maior produtor de cacau do Brasil, entretanto, exportamos 99% da nossa amêndoa, por isso desenvolvemos este revolucionário projeto, para que também sejamos responsáveis pelo beneficiamento e, com isso, movimentar ainda mais essa cadeia produtiva e contribuir para o desenvolvimento do nosso Pará, através da criação de novos empregos e renda para a população”, comenta Carlos Xavier, presidente da Faepa.

GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA

Para o titular da Secretaria de Estado e Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Hugo Suenaga, a escola indústria reforça o compromisso do governo do Estado na atuação do setor produtivo, principalmente na cacauicultura, com o alinhamento dos setores para que possa ter bons frutos no futuro e gerar emprego e renda e reverter à exportação do cacau como matéria-prima

“Esse projeto através da transferência de tecnologia e assistência técnica que o Senar vem desenvolvendo e vai contribuir com a verticalização do cacau e capacitar a comunidade e a região para que possam cada vez mais transformar as amêndoas e o cacau em chocolate”, afirmou o secretário, que acrescentou “a nossa meta em cada unidade dessa é capacitar cerca de 5 mil pessoas por ano e cada vez mais qualificar a nossa mão de obra de uma forma que eles se tornem grandes empreendedores do futuro”, finalizou.

Fotos: Agência Pará