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Antes restrito ao Marajó, programa de melhoramento genético vai alcançar as regiões Baixo Amazonas, Bragantina e Carajás

O Programa de Melhoramento Genético de Búfalos com Inovação para o Estado do Pará (Promebull), desenvolvido através de uma parceria entre a Sedap, a Embrapa Amazônia Oriental (que desenvolve as pesquisas do projeto) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), visando o melhoramento genético da bubalinocultura familiar leiteira, ampliará o número de produtores beneficiados com a tecnologia. Atualmente, 27 propriedades da região do Marajó contam com bubalinos inclusos na iniciativa. A partir deste ano, devem estar aderindo mais 11 de outras regiões.

De acordo com as informações do mestre em Veterinária, Ofir Ramos, que atua como fiscal do Promebull pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), as propriedades em fase de seleção para a adesão ao programa são dos municípios de Santarém (04), Almeirim (01), Alenquer (01) e Monte Alegre (01), na região do Baixo Amazonas; Nova Timboteua (01), Viseu (01) e Terra Alta (01), na região Bragantina; e Parauapebas (01), na região de Carajás. Os produtores selecionados recebem treinamento em manejos genético, nutricional e sanitário.

O programa de melhoramento começou somente com a região do Marajó e está sendo expandido para todo o Estado. De acordo com o especialista, o município com o maior número de propriedades inclusas é Cachoeira do Arari, onde há 19 fazendas com búfalos melhorados geneticamente. Logo em seguida, aparece o município de Salvaterra, com seis propriedades, e Soure e Ponta de Pedras, com uma propriedade cada. “Até o momento nasceram 180 bezerros de alto valor genético nessa região”, explicou Ramos.

A expansão do Promebull já havia sido anunciada pelo secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hugo Suenaga, durante a participação no circuito de palestras sobre o programa, no mês passado, em Cachoeira do Arari. A programação, entre outros objetivos, fez uma avaliação sobre os avanços do Promebull e onde precisa se aperfeiçoar. Belém e Santarém também sediaram o circuito de palestras realizado em parceria entre Sedap, Embrapa e Faepa.

Melhorias – Os animais que nascem a partir das inseminações, de acordo com Ofir Ramos, são de alto valor genético e econômico e serão capazes de dobrar a média de leite dos produtores do Pará. “O produtor do Marajó produz em média 4,5 litros por animal/dia. Em três anos, através do Promebull, poderemos aumentar para oito a dez litros/dia com o melhoramento genético através das inovações das biotécnicas como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e a Fertilização InVitro para Transferência de Embrião. É preciso formatar a cadeia produtiva dos búfalos aumentando o valor agregado. Para que isso ocorra e avance efetivamente, é necessário que haja um aprimoramento genético nos rebanhos bubalinos”, detalhou o fiscal.

Ramos explicou, ainda, que o sêmen é ofertado pela Embrapa, adquirido de reprodutores de alta linhagem genética. “Houve uma formalização de cooperação técnica científica entre a Embrapa e a instituição de pesquisa da Índia denominada de Ankush, para a troca de repasse de tecnologia”.