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A partir de setembro a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Combustível (ANP) estipulou que haverá um aumento de 1% na mistura do biodiesel no diesel mineral de petróleo. Dessa forma a proporção passa e ser de 11%, isso proporciona a frota nacional de veículos um custo ambiental menor, já que resultará na diminuição da emissão de gases causadores do efeito estufa, e mais ainda, pois reduzirá a dependência do petróleo, sendo um produto considerado caro e finito.

Como a soja corresponde a 75% da matéria prima utilizada para a produção desse combustível verde, a nova medida gera impacto direto na produção da oleaginosa. Sendo que dados de todo o país, em 2019, o grão participou em 70%. Em outros anos o percentual ficou superior a 80%.

Tal medida reflete na produção de todo país. No Pará, os dados do Valor Bruto de Produção (VPB) mostram que até julho de 2019 a produção de soja no Estado resultou em valores 2.038.667.143. Ou seja, quase o valor total do ano inteiro de 2018: 2.159.578.698.

De acordo com o Departamento Técnico Econômico (DTE), dos 35 milhões de hectares ocupados pela soja no Brasil, destes 5 milhões seriam destinados a produção de biodiesel, ou seja o equivalente a mais de 14% da produção nacional. Por isso, para dar conta desse aumento de 1% na mistura seriam necessárias cerca de 540 mil hectares de soja adicionais.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos vegetais (Abiove) destaca a força da relação entre a soja e o biodiesel, pois estima-se que das 43 milhões de toneladas soja esmagadas para a produção de óleo, 20 milhões serão destinadas exclusivamente para a produção de biodiesel.

A decisão para o aumento de 1% na mistura do biodiesel no diesel mineral de petróleo faz parte da Resolução 16, de 29 de outubro de 2018 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que dispõe sobre a evolução da adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final no Brasil.