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Área ocupada aumentou 6,75 milhões de hectares, entre 2006 e 2017, aponta censo do IBGE Entre os dois períodos, a área ocupada por estabelecimentos agropecuários no Estado passou de 22,92 milhões de hectares para 29,67 milhões (29,45%), equivalente ao tamanho dos territórios do Rio de Janeiro e Sergipe juntos. Esse crescimento proporcional é o maior do País

A área ocupada por estabelecimentos agropecuários cresceu no Estado do Pará 6,75 milhões de hectares, entre 2006 e 2017, de acordo com os resultados preliminares do Censo Agro 2017, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os dois períodos, a área passou de 22,92 milhões de hectares para 29,67 milhões (29,45%). A expansão em solo paraense equivale, por exemplo, a toda a área dos Estados do Rio de Janeiro e Sergipe juntos – 6,56 milhões de hectares. Simultaneamente, o número de estabelecimentos agropecuários no Estado deu um salto nesses onze anos. Eram 222.029 em 2006 e fecharam o último ano com 281.704 – alta de 26,87% e 59.675 unidades.

Minas Gerais, que surge em segundo, teve um avanço entre os dois censos agropecuários, de 55.827 estabelecimentos (5,03%) e em uma área expandida de 6,14 milhões de hectares (12,16%).

Em 2017, havia 975.426 pessoas ocupadas nos estabelecimentos agropecuários do Pará. Em 11 anos, isso representa uma alta de 183.215 de pessoas (23,12%), novamente na contramão do desempenho nacional, que anotou 15.036.978 pessoas ocupadas no ano passado, decorrente da queda de 1,5 milhão de pessoas, incluindo produtores, seus parentes, trabalhadores temporários e permanentes. No entanto, a média de ocupados por estabelecimento no Estado caiu de 3,56 pessoas, em 2006, para 3,46 pessoas, em 2017 – ainda superior aos dados nacionais que reduziu de 3,2 para 3 pessoas no mesmo período. Em sentido oposto, o número de tratores cresceu 129,52% no período e chegou a 21.217 unidades.

Os dados preliminares do Censo Agro 2017 apontam que 778.738 hectares são utilizados atualmente para o cultivo de lavouras permanentes e 892.228 para lavouras temporárias. No primeiro caso, o levantamento identificou uma queda de 243.928 hectares em relação ao Censo Agro de 2006, o que representa um redução de 23,85%. Já a lavoura temporária, por outro lado, teve um leve aumento no mesmo período de 3,34% – 28.857 hectares.

Considerando as lavouras permanentes, o IBGE aponta crescimento em relação a 2006 nos cinco produtos com maiores áreas cultivadas no Estado, sendo o açaí o principal destaque. No período de onze anos, a lavoura deu um salto de 238%, passando de 74,7 mil hectares, em 2006, para 252,5 mil, em 2017, aumento de 177,8 mil hectares. O cacau surge em segundo, com 108,8 mil hectares, e o dendê em terceiro, com 95,9 mil. Nas posições seguintes destacam-se ainda a pimenta-doreino e a banana, com 62,8 mil e 21,4 mil, respectivamente. Ainda de acordo com os primeiros dados do Censo 2017, a maior parte da terra utilizada no Pará é destinada as pastagens plantadas. São 12,58 milhões hectares, referente a uma expansão de 36,68% em relação a 2006. As matas naturais representam 12,15 milhões de hectares, enquanto as matas plantadas, apenas 196,57 mil. Fecha a lista de utilização da terra no Pará, 1,92 milhão de hectares de pastagens naturais.

Na análise do efetivo de animais foi verificado um aumento de bovinos nos estabelecimentos agropecuários do Pará e uma redução de bubalinos. O número de cabeças de gado chegou a 15.298.613 cabeças – alta de 1.364.730 cabeças (9,79%) em relação a 2006 – e o de búfalos a 320.784 – redução de 50.956 cabeças (-13,70%).

O rebanho de caprinos (cabras) aumentou 25,46% nesses onze anos e registrou no ano passado 95.192 cabeças. Já as 156.057 cabeças de ovinos (ovelhas) foram consequência de uma baixa de 25.829 cabeças (-14,20%) em relação a 2006. Já a quantidade de porcos teve aumento de 11,7% (788.692 cabeças) e a de aves (galinhas, galos, frangas e frangos) de 76,70% (29.305 cabeças).

A pesquisa aponta ainda que a produção de leite de vaca alcançou 601 mil litros (alta de 26,18%); o leite de cabra chegou a 61 litros (3,38%) e a produção de ovos de galinha a 77.334 dúzias (175,16%). A cada 10 produtores rurais no Estado do Pará, apenas dois são mulheres.