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Encontro apresentou novidades no campo que atenderão algumas das necessidades do agronegócio no estado do Pará e beneficiarão produtores rurais e sociedade

O Núcleo de Apoio Empresarial – NAE, veiculado ao Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, realizou no dia 21 de março, reunião técnica para apresentar soluções para o campo no estado do Pará. O encontro ocorreu pela manhã, no auditório do Palácio da Agricultura, em Belém, reunindo autoridades e convidados.

Participaram da reunião gestores governamentais e administrativos, técnicos e colaboradores do Núcleo, além de diretores e representantes de dez Núcleos Regionais do Sistema Faepa/Senar.

No primeiro momento, o presidente da Faepa, Carlos Xavier e idealizador do Núcleo, que funciona desde 2012, falou sobre a importância do trabalho do núcleo no estado. Em seguida, o diretor Guilherme Minssen apresentou algumas ações coordenadas por produtores rurais do Rio Grande do Sul.

O diretor financeiro da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará – Adepará, Sálvio Freire,

falou dos avanços do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa – PNEFA e disse que o estado do Pará receberá da Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, juntamente com os estados do Amazonas, Amapá e Roraima, o reconhecimento de área totalmente livre de febre aftosa. A certificação internacional será repassada ao Brasil durante a 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OIE, que ocorrerá em Paris (França), de 20 a 25 de maio deste ano, ocasião onde o Brasil finaliza o processo de erradicação da doença em território nacional, declarando todo o país como livre de febre aftosa com vacinação.

Em 2017, o Pará recebeu do Ministério da Agricultura, o certificado de área totalmente livre de febre aftosa, referente aos oito municípios paraenses que possuem divisa com os estados do Amazonas e Amapá, e que eram as únicas zonas do Estado que ainda não detinham o reconhecimento.

Com a certificação internacional a ser conferida pela OIE, o gado paraense e dos demais estados do Norte brasileiro vão se igualar sanitariamente e economicamente ao restante do Brasil. “O reconhecimento internacional abre mercado à economia paraense, pois a maioria dos municípios tem a pecuária como sua principal atividade e, a partir da certificação, os animais poderão ser comercializados dentro e fora do estado, nos mercados mais exigentes”, ressalta Sálvio.

Na sequência, Murilo Tocantins abordou os resultados do acordo entre o Pará e o Amapá visando combater o crime de furto de gado em zona rural. Já a assessora técnica do Sistema Faepa, Eliana Zacca, falou sobre o Observatório da Criminalidade no Campo, que traçar um mapa da violência e propõe medidas de combate. Para isso, a CNA depende da participação mais ativa dos produtores e apela que eles informem sobre roubos em um formulário no site da entidade cnabrasil.org.br. Finalizando as apresentações, o empresário Cláudio Zamperlini Junior, falou sobre a importância de se criar um elo forte na agropecuária paraense.

Durante a reunião foi assinado um Protocolo de Intenções entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social – Segup e a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – Faepa com objetivo de fortalecer esforços conjuntos para a implantação de Patrulha Rural, que tem a finalidade de proporcionar melhores condições para a implantação de um modelo de segurança preventiva e repressiva na área rural, principalmente no que se refere ao policiamento especializado para combater a prática de crimes nas propriedades e comunidades rurais. O documento foi assinado pelo secretário adjunto de Gestão Administrativa da Segup, Cláudio Lima, e o presidente da Faepa, Carlos Xavier, tendo como testemunhas o coronel Mário Solano e o coordenador do NAE, Fernão Zancanner, que também fizeram suas explanações. A iniciativa será replicada no Pará a partir de uma experiência de sucesso no estado de Goiás.

“Com a atuação conjunta entre Segup, Policia Militar e Faepa, será possível mapear conflitos agrários, gerar informações estratégicas e subsidiar políticas públicas de prevenção e repressão capazes de coibir práticas criminosas no campo”, disse Carlos Xavier.

Por ocasião da assinatura do documento, o diretor financeiro da Adepará, Sálvio Freire, manifestou interesse de aliar-se à iniciativa, disponibilizando cinco veículos rastreados, além de acesso a base de dados da agência de propriedades georeferenciadas.

Também participaram da reunião, João Menezes, Marcello Bastos, Iêda Fernandes e Homero Sousa da Abrapalma.

OBJETIVOS

O Núcleo de Apoio Empresarial tem como objetivo gerar informações estratégicas para apoiar decisões e ações em defesa do agronegócio paraense e coibir práticas criminosas no campo, apoiando os produtores rurais na defesa e segurança de suas propriedades.