Para garantir um sistema de saúde animal e a consequente segurança alimentar, o Sistema Faepa/ Senar reuniu na manhã desta quarta-feira, 22, com o objetivo de promover uma reunião de trabalho entre órgãos, associações e instituições que compõem a equipe Gestora Estadual do Plano Estratégico do PNEFA (2017-2026) para a tomada de decisões que visam substituir a vacinação de bovinos e bubalinos, por meio de 102 ações, que dependem na só do Serviço Veterinário Oficial, mas também das medidas dos segmentos públicos e privados envolvidos com a pecuária paraense.
Deram inicio a abertura da reunião, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará ( Faepa), Carlos Xavier, o diretor do departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes, o superintendente do SFA/Pará, Milton Cunha e o diretor de Defesa Animal e Inspeção da Adepará, Jefferson Oliveira.
O diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes explicou que os trabalhos para erradicação da febre aftosa começaram em 1950. “São anos nessa luta. E agora chegamos ao patamar de buscar um sistema de vigilância para garantir um país livre da doença e sem vacinação. Sendo assim, o trabalho do produtor rural é de extrema importância, no que se refere aos cuidados, por exemplo, em informar o mais rápido possível algum tipo de possibilidade de contágio para que as medidas sejam efetivadas o mais rápido possível”, explicou.
Geraldo Moraes apresentou ainda uma das ações para que o plano seja realizado com ampla efetividade. “Criamos auditorias, como as gestões estaduais, os gestores de blocos, as reuniões de bloco e um grupo gestor nacional com oito membros efetivos. A ideia é garantir uma gestão com a tomada de decisões compartilhadas”, detalhou.
Moraes detalhou ainda que “o produtor deverá ter doze meses sem casos da febre aftosa, sem infecção, sem vacinação e sem ingresso de animais vacinados. Com esses critérios em ordem, os produtores terão um prazo de 24 meses para apresentar à Organização Mundial da Saúde Animal, o pedido de avaliação para a mudança de status da não necessidade de vacinação e a continuidade do uso das medidas estabelecidas no Plano. Essas informações são baseadas no Código Sanitário para os Animais Terrestres”, informou.
Samira Albuquerque, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre e coordenadora do plano estratégico na ADEPARÁ apresentou, em seguida, o andamento do plano no Estado, além das 42 ações que serão necessárias implementar. “Já foram executadas 18, as outras 17 encontram- se em andamento e sete ainda precisam ser iniciadas. Ressaltamos em que ponto estamos e o que ainda precisa ser feito para suspender a vacina da febre aftosa no Estado. O Ministério estabeleceu que o plano seja executado de 2017 a 2026, mas o Estado está se empenhando para concluir essas ações antes do prazo previsto”, ressaltou.