Transformar dor em força e repassar o conhecimento a fim de contribuir para o desenvolvimento profissional de jovens são algumas das atitudes que marcam a história da licorista, Rosimare Silva da Silva que se destacou ao fazer cursos ofertados pelo Sistema Faepa/Senar e empreendeu a produção de licores e de cachaça artesanal, assim como, investiu em projetos sociais voltados a ensinar a teoria e a prática da produção de cerâmica.
Moradora do município de Curuçá, ela foi à sede do Palácio da Agricultura, nesta quarta-feira, 28, para agradecer o apoio e contar os resultados ao presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Carlos Xavier e ao superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Walter Cardoso.
Na ocasião, também estiveram presentes integrantes e o presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Curuçá, Abraão Pacheco, o assessor Sindical da Faepa, João Conceição, a assessora técnica do Senar/Pa, Luzilândia Sousa, o diretor da Faepa, Alfonso Rio, o diretor financeiro do Fundepec, Fernando Vasconcelos e o coordenador de projetos do Senar, Jorge Soares.
A licorista, Rosimare Silva conta que teve um diagnóstico de câncer e que vinha de um processo depressivo, porque havia perdido o filho de 21 anos que morreu afogado na frente dela em Curuçá. Foi então que resolveu fazer os cursos do Senar.
“Depois disso minha vida mudou, porque eu passei a empreender. Na primeira vez que investi tive um lucro substancial e aí passei a investir cada vez mais. Hoje eu sou proprietária da única Licoteria do estado do Pará. Vendo para outros estados e países. E senti a necessidade de dividir todo o meu aprendizado”, contou.
Ela lembrou ainda que quando entendeu que as tristezas do passado poderiam ser revestidas por uma força interna que ajudaria outras pessoas criou o projeto social denominado “Jovens Artesãos de Curuçá” que é sustentado pela Licoteria “Di Rosa” e já atendeu cerca de 100 jovens do município.
“Tudo o que eu sou hoje tem a ver com o Senar. Tenho a Licoteria porque aprendi com o curso de produção de licor, assim como a experiência que repasso para os jovens do projeto veio do curso de cerâmica e as garrafas que faço são feitas pelo conhecimento que adquiri com o curso de artesanato”, analisou.
Segundo o presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Curuçá, Abraão Pacheco, há muito interesse em que os produtores façam cursos para adquirir mais conhecimento e que possam mudar as suas vidas e de outras pessoas, a exemplo de Rosimare Silva.
“Assumi a pouco a liderança do sindicato e queremos fazer uma gestão que atenda as necessidades dos produtores rurais, e consequentemente, a sociedade. Aproveitamos a oportunidade também para tratar sobre as parcerias necessárias para a regularização fundiária, pois há vários produtores com essa necessidade”, explicou Abraão Pacheco.