O Pará é o maior criador de búfalo do Brasil. E os queijos feitos com leite de búfala conquistam um espaço cada vez maior no mercado brasileiro, em consequência disso foram criadas mais oportunidades para os criadores deste setor. Com o incentivo necessário a categoria vem crescendo substancialmente no Estado.
Pensando nisso, uma ação conjunta da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), da Associação Paraense de Criadores de Búfalas (APCB), da Associação Rural da Pecuária do Pará (ARPP) e da Fazenda Paraíso, em Cachoeira do Arari, realiza anualmente o “Torneio Leiteiro”. A final da competição da 6° edição foi comemorada na quarta-feira, 30, com o anúncio dos vencedores na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). O torneio tem como objetivo estimular a produção de leite de búfalas no Pará e o critério para vencer a competição é a quantidade diária de leite produzido pelas búfalas.
Resultados – As categorias são divididas em búfalas adulta, jovem, primípara e sênior. Sendo que na categoria adulta o primeiro lugar ficou para a búfala “Marieta”, da Fazenda São Victor, localizada em Salvaterra, com a produção de leite ao dia de 13,922 litros. Na categoria jovem, o primeiro lugar ficou para a búfala “Holanda”, sendo também criação da Fazenda São Victor em Salvaterra, com uma produção média ao dia de 12,502 litros.
O resultado na categoria primípara ficou para búfala denominada “779”, da fazenda Paraíso, em Nova Timboteua, com produção diária de 10,690 litros de leite. Na sênior, o primeiro lugar também ficou para a criação da fazenda Paraíso, a búfala “Pérola”, que produziu no dia 15,765 litros de leite.
O diretor da Faepa, Guilherme Minssen explicou que na primeira edição do torneio em julho de 2016 só havia 14 búfalas competindo e que passaram para 89 vacas, nessa 6° edição, o que representa a evolução dos criadores de bubalinos do Pará. “Ao todo 16 propriedades participam do evento atualmente. É um torneio que cresce a cada ano e que permite a identificação de animais superiores para multiplicação deste rebanho e maior produção de leite como resultado”, avaliou.
O presidente da Associação Paraense de Criadores de Búfalas (APCB), João Rocha, contou que houve um crescimento de 9% da média de participantes comparando com números de 2020. Ele explica ainda que para chegar à final foram quase quatro meses de preparação. “Inicialmente fizemos o cadastramento de 28 pessoas entre alunos e professores para os seis treinamentos que viabilizaram ensinar a teoria e a prática das normas do torneio leiteiro. Para o ano que vem vislumbramos aumento da participação com criadores de búfalas de três novos municípios localizados no baixo Amazonas”, contou.