Trabalho infantil, falta de perspectiva de vida e qualificação profissional, casos de suicídio e de conflitos sociais com a Lei são alguns dos casos que vem gerando uma série de medidas do Governo Federal voltadas aos jovens de todo o Brasil. Em atenção à faixa etária, o Sistema Faepa/Senar iniciou em 2020 uma agenda de cursos que já capacitou 232 jovens. Até o final de 2021 serão 520 jovens certificados.
Com base nesses resultados, o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Walter Cardoso e equipe reuniram na manhã desta segunda-feira, 24, com o objetivo de apresentar os resultados e as ações a integrantes da Procuradoria do Trabalho e do Ministério Público do Estado do Pará e de Minas Gerais e a coordenadores de Programas Sociais do Senar de Brasília.
Na ocasião foi explicado por vídeo chamada que o trabalho do Sistema Faepa/Senar é resultado de parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) e a Fundação Papa João XXIII (Funpapa) com foco na capacitação de jovens que se encontram em conflito com a Lei e regime de liberdade privada, proporcionando-lhes oportunidades de socialização através do trabalho após cumprirem suas obrigações legais.
De acordo com o superintende do Senar, Walter Cardoso o trabalho realizado em parceria com a Fasepa e Funpapa chamou a atenção de outras instituições e na reunião foram apresentados os resultados do trabalho já desenvolvido em parceria com a Fasepa em 2020 e o que será realizado ainda este ano em conjunto com a Funpapa.
“O trabalho efetivado pelo Senar atende aos produtores rurais dos 144 municípios do Estado. Com amplo alcance viabilizamos capacitações também as famílias dos produtores rurais, contemplando também os jovens de todo o Estado”, explicou.
Segundo a procuradora do Trabalho do Estado do Pará, Regiane Barros, o trabalho realizado pelo Sistema Faepa/Senar poderá colaborar com ações que possam ajudar a mudar a vida dos jovens do Estado.
“Temos relatos de diversos tipos de problemas que os jovens e crianças passam, como por exemplo, o trabalho infantil na colheita do açaí, quando crianças de 8 a 9 anos passam a ter problemas físicos. Então unindo as ações promovidas pelas várias entidades temos a perspectiva de começar as ações com os jovens dos municípios de Breves, Soure, Melgaço, Curralinho e Igarapé Miri”, planejou.