Fórum de Entidades Empresariais do Estado do Pará realizou a ação piloto denominada “Recuperação do Desenvolvimento Marajoara”, no município de Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó nesta quinta-feira, 14. A iniciativa tem entre seus objetivos divulgar as políticas de investimento para a região por meio do programa Abrace o Marajó, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), bem como as oportunidades de crédito disponibilizadas pelo Banco da Amazônia (Basa).

A ação em formato de reunião de trabalho contou com a participação de representantes de instituições públicas e privadas que atuam no segmento da produção rural, indústria, comércio e serviços, além de prefeitos, agricultores familiares e microempreendedores da região. Entre elas estavam representadas a Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), a Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

De acordo com Carlos Xavier, presidente da Faepa, a origem do projeto se deu após a assinatura de convênio entre o MMFDH e o Basa que prevê o investimento de R$ 200 milhões para fomentar os empreendimentos de iniciativa feminina na região por meio do programa Abrace o Marajó. Com isso, a Federação mobilizou outras instituições para reunir esforços em torno da busca por alternativas para o desenvolvimento socioeconômico do arquipélago que, como lembra Xavier, possui os menores índices de desenvolvimento humano no país, mas ainda carece de políticas públicas direcionadas à sua realidade.

O prefeito de Cachoeira do Arari, Antônio Augusto Athar, saudou a iniciativa da ação integrada e pontuou que é necessário que os municípios e a população local sejam encarados não apenas em torno da sua vulnerabilidade, mas também da contribuição que podem dar para a sociedade. “Nós não queremos esmola. O que nós queremos é investimento no Marajó. Deem oportunidades para o marajoara”, clamou.

Durante a reunião dois pactos foram aprovados pelas entidades do setor produtivo. O primeiro pede a inclusão explícita do Marajó na Política Nacional de Desenvolvimento Regional aos moldes do que ocorre com o semiárido nordestino. Dessa forma, os grupos buscam garantir recursos e tratamento prioritário para a região nas políticas do governo federal. Já a segunda moção busca a construção de um acordo para que um representante dos governantes locais tenha assento no condel da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) a fim de valorizar as pautas marajoaras no âmbito de um órgão estratégico.

Além disso, foram expostos dados sobre a realidade socioeconômica regional e as potencialidades de incremento em atividades como a produção de hortaliças, açaí, pecuária e turismo. Nesse sentido, Carlos Xavier apresentou o projeto de um novo eixo hidrorodoviário para a Amazônia, que integraria o arquipélago entre si e com o continente por meio de pontes que se instalariam desde Belém até a ligação com o estado do Amapá.

FONTE: O LIBERAL