A meta é vacinar cem por cento do rebanho bovino e bubalino. No ano passado, o índice de cobertura vacinal do rebanho do Marajó ficou em 98,70%. A Ilha do Marajó tem o maior rebanho bubalino do País, sendo o maior produtor o município de Chaves.
“O Marajó tem uma época do ano que enche e nós não conseguimos arrebanhar os animais. Nós temos locais que ficam inacessíveis por um período do ano e, por isso, é feita uma etapa única de vacinação. O Marajó não tem cercas, as propriedades não são delimitadas, porque quando enche o pasto é coberto de água e os animais podem ficar presos nas cercas e morrer afogados”, explica a Fiscal Estadual Agropecuária Joélia Guerra, que é médica veterinária, do Programa de Erradicação da febre Aftosa.
De acordo com a médica veterinária, em alguns municípios como Salvaterra, onde existem pelo menos 300 propriedades de pequenos produtores cadastradas – com criações de até 20 cabeças de gado – a Agência fará a chamada Agulha Oficial, uma vacinação de responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial, onde os produtores recebem vacina doada pela Adepará.
Os municípios contemplados na Etapa Marajó são Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari , Chaves, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure.
O Programa tem como estratégia principal a manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O Pnefa exige análise de cenários e esforços das iniciativas públicas e privadas para que, até 2026, a vacinação da Aftosa seja suspensa em todo o Ppaís.
“Nós estamos no processo de substituição da vacina. Porém, para tornar o Pará livre da febre aftosa sem vacinação será preciso manter essa vacinação ainda este ano. Faz parte desse processo que a gente consiga manter os nossos índices vacinais para que a OIE aceite o nosso pleito de retirada da vacina. O que fez com que a gente chegasse ao status que estamos hoje, de não haver vírus circulando, foram as vacinações que nós fizemos. Hoje não temos registro de casos de febre aftosa devido a todo trabalho de imunização que fizemos ao longo desses anos, para mantermos isso após a retirada da vacina será preciso darmos continuidade no controle sanitária do rebanho e no trânsito dos animais, produtos e subprodutos”, garante a veterinária.
SERVIÇO
Os produtores podem procurar um dos escritórios da Adepará existentes na Ilha do Marajó, para maiores informações sobre a vacinação. Os municípios do Marajó estão divididos em duas Gerências Regionais: a de Breves e a de Soure.
Assessoria de Comunicação da Adepará – Governo do Estado