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Durante uma semana em Salvaterra, na ilha do Marajó, o curso “Drone: Conceitos, Legislação, Operação e Mapeamento (RPA)” reuniu 40 participantes, sendo 30 policiais militares do 8º BPM do Comando de Policiamento Regional (CPR-11) e 10 civis, em uma parceria entre a Polícia Militar, o Sindicato dos Produtores Rurais de Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari e o Sistema Faepa/Senar

As aulas contemplaram pilotagem, legislação, mapeamento, monitoramento de áreas e processamento de imagens com drones, fortalecendo tanto a segurança pública quanto o apoio à produção rural.

“A importância da instrução para a Polícia Militar aqui do Pará, principalmente aqui agora na ilha de Marajó, é uma extensão do braço deles. O drone pode nortear os caminhos, as ações em campo, alcançando locais de difícil acesso e auxiliando em atividades como busca, apreensão e tomadas de decisões táticas”, afirmou Nayara Gonçalves de Sousa, instrutora do Senar Goiás. Ela também ressaltou o interesse dos civis participantes: “Alguns se interessaram pela pulverização agrícola, outros por imagens ambientais ou eventos. Isso mostra como o drone pode abrir portas em vários setores.”

O presidente do Sindicato de Salvaterra, Antônio Rossi, destacou a relação entre a capacitação e o programa Patrulha Rural. “Esse curso vai orientar esse programa que temos aqui. Cada propriedade cadastrada tem um número identificativo, e quando ocorre uma ocorrência, o drone pode chegar antes da viatura, localizar o problema e dar suporte à ação policial”, explicou. “Se houver fuga, o drone acompanha e orienta a viatura no encalço.”

Para Ciro Albert Oliveira, instrutor de drones do Senar Goiás, o equipamento representa uma solução prática para desafios locais. “O drone é uma ferramenta que pode auxiliar muito, principalmente a patrulha rural, em situações de campo como monitoramento, rondas e em casos de furto ou roubo. Em locais de difícil acesso como igarapés e áreas alagadas, ele é essencial para garantir um planejamento tático eficaz.”

O comandante do CPR-11, coronel Augusto César Silva Guimarães, avaliou o curso como fundamental para a atuação da PM no Marajó. “Nossos policiais estavam precisando desse conhecimento específico para poderem dar uma resposta melhor nas missões preventivas e reativas. Com o uso dos drones, vamos ter mais controle das áreas urbana, rural e fluvial.”

A segundo-tenente Jenifer Pantoja, do 8º BPM, reforçou a utilidade do equipamento para ampliar o alcance operacional. “O drone é uma tecnologia que potencializa o trabalho do policiamento rural, permitindo o acesso a áreas antes inacessíveis e garantindo maior eficácia nas ações em campo. Ele amplia nossa capacidade de vigilância e resposta, fortalecendo a atuação da Polícia Militar em toda a região.”

Representando o Sistema Faepa/Senar, Luiz Canizo, assessor técnico sindical, destacou os benefícios diretos ao produtor rural. “O objetivo do curso é oferecer mais segurança no campo. O drone faz o monitoramento de propriedades cadastradas junto à Polícia Militar e, com isso, contribui para inibir crimes como o roubo de gado, conhecido como abigeato. Essa tecnologia vem somar ao esforço coletivo de proteger quem produz e vive da terra.”

A participação do Sistema também incluiu os profissionais Su Hyun Kim, assessor de comunicação, Marcos Sarmento, do administrativo do Núcleo Marajó, e Ivaldo Cardoso, da equipe de TI. O sistema foi responsável por viabilizar a entrega de um kit com drone, tablet e GPS para a Polícia Militar local, reforçando a integração entre segurança pública e setor produtivo.

A ação conjunta entre sindicatos, polícia e Sistema Faepa/Senar mostrou como a adoção de tecnologias pode transformar a realidade do campo, promovendo mais segurança, eficiência e oportunidades para a população do Marajó.