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De 26 a 29 de junho, Altamira (PA) sediou a 4ª edição do Chocolat Xingu, o maior festival de cacau e chocolate da Amazônia. De acordo com a Prefeitura, mais de 140 mil visitantes passaram pelo Centro de Eventos Vilmar José Soares, movimentando cerca de R$ 10 milhões em negócios. A programação incluiu palestras, oficinas, feira de expositores e o tradicional Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Chocolate de Origem, promovido pelo CVACBA (Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia), com jurados especializados e avaliação às cegas dos produtos.

Nesta edição, o protagonismo foi dos produtores de regiões fora do eixo da Transamazônica — especialmente do Nordeste Paraense, Sudeste Paraense e Baixo Tocantins — que conquistaram os principais prêmios e mostraram a força da cacauicultura paraense em novos territórios.

Os premiados foram:

  • Bada Chocolates (Santa Bárbara do Pará) – 1º lugar na categoria “Chocolate Fino e Intenso”

“Nossa medalha de ouro foi uma grande surpresa. Produzimos na Colônia Chicano, em Santa Bárbara do Pará, e mostrar que regiões como a Metropolitana de Belém, Baixo Tocantins e Sudeste Paraense também têm cacau de excelência foi especial. Esse prêmio não é só da Bada, mas de todos os produtores e chocolateiros que transformam amêndoas em obras de arte e lutam por visibilidade.”

  • Amer Chocolates (Parauapebas) – 2º lugar na categoria “Produto Derivado”

“Participar do Chocolat Xingu foi uma experiência incrível. Receber o segundo lugar com nossas drágeas de castanha amazônica confirma que o trabalho feito com dedicação pela agricultura familiar está no caminho certo. Foi emocionante compartilhar desafios e conquistas com tantos produtores apaixonados. Essa vitória é coletiva e representa cada família envolvida.”

  • Elka Cacau & Chocolates (Barcarena) – 3º lugar na categoria “Produto Derivado”

“Sou ribeirinha e comecei aprendendo sobre cacau e chocolate por curiosidade. A empresa Elka Cacau nasceu com muita dedicação, reunindo quatro mulheres que acreditam na força do cacau nativo e orgânico. Hoje exportamos para São Paulo e Japão. Estar entre os premiados mostra que é possível crescer com a floresta em pé e contribuir com a bioeconomia da Amazônia.”

  • Cacau Yeshua Chocolates (Igarapé-Miri) – 3º lugar na categoria “Chocolate Fino e Intenso”

“Ganhar novamente no Chocolat Xingu é motivo de muito orgulho. O Baixo Tocantins, nossa região, foi destaque entre grandes nomes da Transamazônica. Seguimos mostrando a força do chocolate de origem feito com seriedade, qualidade e amor pela floresta.”

Além das premiações, o festival reuniu mais de 90 expositores de diversos municípios paraenses, como Medicilândia, Brasil Novo, Santarém e Uruará. Também foram destaque espaços voltados à educação ambiental, à bioeconomia e à conexão entre produtores, marcas e consumidores.

O sucesso do Chocolat Xingu 2025 reforça a pluralidade da cacauicultura paraense e mostra que a qualidade, a inovação e a sustentabilidade estão espalhadas por todas as regiões do estado — inclusive fora dos centros historicamente reconhecidos pela produção de cacau e chocolate.