No último ciclo, a Unidade ATeG Piscicultura Pará mobilizou quinze técnicos para atender 60 produtores em Irituia, consolidando a piscicultura como atividade rentável e instrumento de melhoria na qualidade de vida rural. Por meio de visitas mensais, os técnicos ofereceram orientações gerenciais e práticas – desde o manejo dos tanques e preparo do jejum dos peixes até o uso correto do gelo na despesca – garantindo volume e qualidade na produção de tilápia, tambaqui e panga.
Graças à articulação promovida entre o ATeG, a Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAGRI) e o Sindicato dos Produtores Rurais, foi viabilizada a compra de 7 toneladas de pescado a R$ 18,00 o quilo, sendo três toneladas destinadas a Irituia e quatro a São Miguel do Guamá. A seleção envolveu 17 produtores, que entregaram entre 100 kg e 1 000 kg em três pontos de coleta, às 5 h da manhã, conforme cronograma definido pela SEMAGRI. A entrega beneficiou famílias cadastradas no CRAS e atendidas pelo CREAS, ampliando o alcance social da ação e resgatando a confiança dos piscicultores na gestão municipal.
O suporte do Sistema Faepa/Senar – via Núcleo Nordeste Paraense, supervisão, coordenação e assessoria técnica sindical – garantiu recursos financeiros e embasamento técnico para que o ATeG conduzisse todas as etapas preparatórias com a SEMAGRI. Nessas reuniões, foi compilada uma lista detalhada de produtores, com localização e potencial produtivo, documento essencial para a organização da logística de compra.
“A gente, enquanto SEMAGRI, sente um otimismo imenso com a venda do pescado pelos produtores. Foi, sem dúvida, o resgate da confiança deles em nosso órgão. É extremamente gratificante ver como todo o esforço e dedicação estão sendo recompensados de forma significativa. Estou super feliz, mega feliz mesmo, e parabenizo cada um pelo empenho em ajudar nossos piscicultores.”
— Vilma Soares, secretária municipal de Agricultura
“Essa parceria com a Prefeitura dá um impulso fundamental: permite aos pequenos produtores formar capital rapidamente, reinvestir em equipamentos e manejo, e projeta perspectivas ainda melhores para os próximos ciclos. Temos confiança de que a compra institucional vai se consolidar como política pública permanente, fortalecendo de vez a piscicultura familiar.”
— Leonilton Barbosa, técnico de campo do ATeG Piscicultura
Além do valor econômico imediato, a iniciativa prepara o grupo para participar do IFC Amazônia – maior congresso de pesca e aquicultura realizado em Belém –, abrindo portas para troca de conhecimento e acesso a novos mercados. Com o pagamento antecipado, efetuado um dia antes da entrega, os produtores ganharam fôlego financeiro para reinvestir ainda no mesmo ciclo, reforçando o compromisso do Sistema Faepa/Senar com a modernização e a competitividade da piscicultura familiar paraense.