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O aproveitamento da madeira desperdiçada em Itaituba integrou um dos temas dos cursos promovidos pelo Sistema Faepa/Senar no decorrer desta semana. Com o tema “Confeccionador de Biojóias e Ecojóias”, os 12 participantes tiveram a oportunidade de aprender a utilizar a madeira descartada para a confecção de objetos de decoração, porta celulares, cofrinhos, entre outros.

De acordo com o instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Dirceu Hillshein, nesse grupo de capacitados a grande maioria foi composto por mulheres. “Os participantes saem do curso habilitados para confeccionar e vender os produtos. Sendo assim passam a ter uma renda extra”, explicou.

Além dessa capacitação, o Senar atendeu, por meio de 115 turmas de cursos diversos, o total de 1.204 produtores rurais, no período de 30 de agosto à 3 de setembro. Dentro da programação, o município de Itaituba recebeu o curso de Compostagem Orgânica, com o objetivo de reciclar lixo orgânico e transformá-lo em matéria-prima para a produção de adubo natural.

O instrutor do Senar, Raimundo Ferreira, explicou que os aproveitamentos dos alimentos que não são mais consumidos podem ser utilizados para gerar mais alimento. “Após o aprendizado, os produtores farão uma horta no quintal das suas casas”, explicou. O instrutor contou ainda que foi um pedido da comunidade de Itaituba para que o curso do Senar chegasse até os produtores da região devido a grande demanda de pessoas que queriam aprender sobre o tema. “Todo o conhecimento teórico e prático proporcionará economia e renda extra para os produtores de Itaituba”, analisou.

Nesta semana, os produtores rurais da ilha do Combu receberam o curso de Apicultura e Meliponicultura, com o intuito de capacitar mais trabalhadores que possam contribuir para o desenvolvimento da produção de mel no Estado.

Mário Carvalho fez parte do grupo de instruídos no curso de Apicultura e Meliponicultura, na ilha do Combu. Ele contou que as aulas foram muito intensas e que foram esclarecidos vários aspectos, em relação ao produto e ao que precisa ser feito para a criação de abelhas. Ele explicou ainda que o curso também possibilitou o entendimento sobre o potencial que esse mercado tem.

“Como trabalhamos com o turismo na Ilha, temos que entender a produção para manter um ecossistema saudável. A importância desses insetos, tão pequenos para o equilíbrio das plantações de açaí, de várias outras espécies frutíferas e não frutíferas, que mantém o equilíbrio e garantem a qualidade, também da produção de outras frutas”, detalhou.

Segundo Carvalho, as pessoas que cuidam da atividade extrativista conseguem se manter no local de origem, a partir da saúde desse ambiente. Para ele, quanto mais biodiversidade existe, melhor será a floração, a adubação natural, o solo, o que garante os nutrientes necessários, e com isso consegue-se ter uma ilha de produção ambiental mais protegida e consequentemente garantimos o desenvolvimento das pessoas.