O diretor da Faepa, Guilherme Minssen, e o assessor técnico Dilson Frazão, eleito engenheiro agrônomo do ano de 2018 pela Associação de Engenheiros Agrônomos do Pará – Aeapa, entregaram ao presidente da Faepa, Carlos Xavier, uma homenagem da Embrapa Amazônia Oriental aos parceiros do projeto Promebull.
O design do troféu remete ao monumento histórico conhecido como Portal de Chandigarh, cartão postal mais conhecido de Hyderabad, cidade da Índia, capital do estado de Telangana, onde uma comitiva do projeto esteve início de janeiro prospectando parcerias com o Governo da Índia para a realização de tratado de cooperação técnica com fins de promover intercâmbio de tecnologias entre criadores de búfalos e a aquisição de sêmen dos animais indianos. O objetivo do projeto é melhorar a produção de leite e carne em território paraense.
A homenagem também foi recebida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Aquicultura e Pecuária (Sedap), em reunião realizada no dia 8 de fevereiro, na sede da Faepa, por ocasião da apresentação dos resultados da missão internacional.
De acordo com José Ribamar Marques, coordenador da missão internacional e pesquisador da Embrapa, o intercâmbio pode propiciar o um salto de qualidade nas pesquisas e no melhoramento genético da pecuária bubalina paraense. “A produção de búfalos no Brasil passa por uma fase complicada, porque estamos à beira de um colapso genético. Precisamos de animais de outros lugares para melhorar a qualidade dos bichos e os bubalinos indianos possuem material genético superior ao nosso”, afirma. Segundo o cientista, serão utilizadas biotécnicas de inseminação artificial em tempo fixo (IAFT) e fertilização in vitro (FIV) para garantir uma linhagem de animais melhorados geneticamente.
A ação faz parte do Programa de Melhoramento Genético de Búfalos com Inovação para o Estado do Pará (Promebull), que tem também como diretrizes o desenvolvimento de boas práticas de manejo animal, manejo alimentar e nutricional e manejo sanitário. “O que buscamos é melhorar as condições de vida de nossos criadores, que são, em sua maioria, pequenos produtores, com 30 animais, no máximo. A gente quer, com esse programa, mudar o Índice de Desenvolvimento Humano da região do Marajó”, defende.