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As oportunidades geradas a partir da melhoria da logística no Pará e as atuais dificuldades que travam o desenvolvimento do estado foram tema de debate entre empresários, sindicatos e entidades de classe nesta quinta-feira (05). O evento, promovido pelo Sistema FIEPA, por meio do Conselho Temático de Infraestrutura, e pelo Centro das Indústrias do Pará (FIEPA), recebeu um especialista no segmento para abordar o assunto.

Luiz Antônio Pagot, economista e consultor em logística, foi um dos palestrantes do encontro e destacou como o modal paraense é inadequado e se mantém na contramão de países que encontraram métodos capazes de alavancar sua competitividade. “O Pará é um dos estados com grandes oportunidades de crescimento, com grandes chances de atrair investimentos do exterior para o seu território. Mas para isso é necessário um diálogo direto entre os órgãos governamentais para dar celeridade na instalação dos negócios, promovendo o crescimento da economia”, disse.

Semelhante a experiências realizadas em outros países, Pagot indicou projetos com potencial de instalação no Pará. Como exemplos estão a mineração com foco em terras raras – que podem ser trabalhadas para germinação do solo, elevando o potencial da produção de alimento-, produção de proteína animal, refinarias, além de produção de energia alternativa. Todos são modelos de negócio que geram emprego e renda de maneira mais rápida. “No entanto, é fundamental e urgente que o estado se dedique a melhorar a logística local. O transporte hidroviário, por exemplo, é imbatível em termos financeiros e nos permitiria ampliar os negócios em grande escala e com destino ao comércio exterior”, aponta o consultor.

O ex-ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, participou do debate e abordou os principais gargalos do estado com relação ao segmento logístico. Entre as indicações que exigem atenção estão a malha rodoviária e ferroviária, a criação de modais hidroviários em principalmente, os portos do Arco Norte.

O tema, inclusive, ganhou destaque nesta semana por conta da orientação da Presidência da República de que os aportes financeiros relacionados à parceria público privada com a Vale fosse destinados à construção de uma ferrovia no Mato Grosso e não no Pará, estado onde a empresa atua. “Assim como aconteceu nesta semana, precisamos agir para não sermos lesados e prejudicados. Fomos até a secretaria da Presidência da República para exigir que esse investimento fique aqui no Pará, prioritariamente para a ferrovia Norte-Sul. Temos que ter iniciativa para buscar soluções para o nosso estado”, concluiu Helder.